domingo, 5 de julho de 2009

Quando o diploma é o fim...

Justificam-se os meios.

E a opção da diplomada Miriam Leitão foi trazer para o seu Espaço Aberto (há controvérsia; não sobre o espaço, aliás enorme, mas quanto à sua abertura) desta semana, na Globonews, duas figuras no mínimo suspeitas para discutir o que acontecerá após o fim da exigência do diploma para exercício do jornalismo: um diretor de O Estado de S. Paulo, empresa co-autora, junto à Globo e outros gigantes da mídia, da ação que cassou o diploma, e um diretor da Escola Superior de Propaganda e Marketing, centro universitário privado que sequer oferece em seu curso de Comunicação Social a habilitação em Jornalismo.

É primário

E depois, bacharel, não se queixe de que há má vontade para com as Organizações... com uma prática dessas fica difícil, impossível mesmo, a gente reviver aquela velha (já quase falecida) prática de "ouvir a outra parte". Que parte?

O primeiro adiantou que, já para 2010, o programa de trainnees do Estadão abrirá vagas a pessoas de outras áreas acadêmicas. O segundo aposta no crescimento dos cursos de especialização - principal fonte de faturamento da empresa que dirige... e ainda querem manter o élan dos jovens estudantes de Jornalismo, país afora?

Pelo menos o pessoal do impresso (seja em papel, seja em pixels) é mais realista

Outro dia, em seminário da ABERJE (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), no Rio, Aydano André Motta, de O Globo, foi certeiro quando disse que "no Rio e em São Paulo nada muda em relação às práticas de contratação dos jornais". (Eu duvido, mas quién soy yo?). O problema, segundo ele, é "de Niterói p'ra cima", Brasilzão no qual os donos da mídia terão pudor nenhum de empregar só quem lhes agrade os amigos-atores econômicos e políticos que rastejam atrás de uma manchete, de uma matéria, de uma notinha ou denúncia contra adversários etc. etc. etc.

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