quinta-feira, 29 de abril de 2010

Relações Públicas estão na pauta como nunca, antes, neste país

João Alberto Ianhez vocaliza com precisão, neste texto e em sua entrevista a Carolina Pedace, no Rede Nacional RP/MEGABRASIL, a paixão que move os genuínos relações-públicas e o momento rico que vivem agora – tempo em que o mercado, mesmo que tardiamente – vem reconhecendo e adotando a visão de relações públicas. Nunca, antes, neste país, tantos jornalistas e publicitários atuantes na comunicação empresarial fizeram - e com propriedade - a observação “estou realizando um trabalho de relações públicas”. No meu entender, essa é a chave para trazer os colegas, definitivamente, para perto de nós.

Tarefas

As tarefas de relações públicas sempre existiram e sempre existirão, nas mãos de tantos quantos tiverem a clareza quanto a sua utilidade e eficácia para tratar dos problemas comunicacionais das organizações - pugnar contra isto, brandindo uma reserva de mercado legal mostrou-se, ao longo do tempo - antipático e inútil, neste Brasil de leis que "não pegam". Nosso segmento profissional encolheu também por causa disso. Com mais pressão mais provável fica, sim, a desregulamentação (cuja sanha já atingiu a exigência do diploma para o exercício do jornalismo).

Planejamento

O pensamento e a concepção de relações públicas é que não são delegáveis. Só quem conhece a amplitude da formação deste bacharel compreende a diferença que há entre o seu perfil e o dos demais que as IES (instituições de ensino superior) colocam no mercado.

Os tempos atuais são tempos de governança corporativa – um conjunto de mandamentos organizacionais que fundamentam-se num principal valor: a transparência.

Relações Públicas sempre ocuparam-se desse valor, do ponto-de-vista dos públicos; sempre ocuparam-se do atendimento ao cliente e à comunidade; sempre ocuparam-se da relação com a mídia – tanto a paga quanto a espontânea; e, para resumir, defendem, desde Bertrand Canfield, nos anos 1950, a chamada “cidadania empresarial” – algo que ainda tem cheiro de “novidade” no Brasil.

A única habilitação reconhecida e regulamentada no campo da Comunicação Social, infelizmente uma área onde campeiam curiosos, oportunistas e falsos cientistas, não pode abrir mão de um edifício tão longamente erigido, agora devidamente prestigiado (relações públicas requerem uma sofisticação organizacional antes inexistente no país) e do qual o Sistema CONFERP é o mais credenciado defensor.