quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Natal "luz" em Gramado = Natal "trash" no resto do país.


BRASIL: PAÍS RICO É PAÍS SEM MISÉRIA! 

Mas que essa (não) política cultural do MinC é miserável, ah... isso é!

Natal Luz de Gramado... ou Natal Cash do Bradesco? 

E sob os auspícios da renúncia do imposto de renda federal de todos os brasileiros mais a renúncia fiscal de ICMS de um Estado que nem sabemos qual é (vide cartaz acima): "BRASIL - um país de todos nós, trouxas". 

E, de quebra, ainda há o Sonho de Natal de Canela... ou seria Sonho de Natal do Bradesco? Lado a lado "com os que importam" para o MinC da Martaxa, "com nosso dinheiro de impostos".

Grande Desfile de Natal 

Até que enfim, um espetáculo (com gente encenando)! Duração: 30 minutos - assim como o Natalis - com direito a 90 minutos de espera ouvindo repetitiva e exaustivamente o jingle do Bradesco: "presença lada-a-lado no Natal Luz de Gramado". 

Joãozinho Trinta deve ter-se revirado no túmulo. Ele que re-concebeu o desfile não reconheceria as esparsas figuras "sambando" numa pista larga, a saber: 3 homens-biscoito, 4 papais-noeis, 12 patinadores (havia mais gente no "apoio" para dizer que sentássemos e vendendo DVDs do Natal Luz do ano passado). 

A iluminação funcionando em todo o percurso quando a atração iniciava "lá longe". O alto-falante dando "maiores informações" sobre a programação - que vai até 12 de janeiro - e avisando que havia "pouquíssimos ingressos" para o espetáculo do dia seguinte, enquanto neste, de novo, 40% das arquibancadas restavam vazias e a multidão de gramadenses e turistas "duros" se comprimia na "apoteose" para pegar uma frestinha do show. Preço: 75 reais 'per capita'. Natal Treva do Bradesco: completo.

Fantástica Fábrica de Natal

Super-produção musical nota dez. Trilha, coreografia e bailarinos excelentes. Lotação esgotada apesar do ingresso a 75 reais. Valeu a pena!

A impressão geral ganhou um upgrade com o espetáculo "Nativitaten". Nota dez com louvor, em todos os aspectos. Lotação esgotada e logística perfeita - na chegada e na saída. 

Mas... sempre tem um mas... o vídeo "sem-fim" exibido à exaustão nas 2 horas de espera teve dois momentos de propaganda enganosa: 

1) Liquigás-Petrobras explicando que o GLP ("popularmente conhecido" como gás de cozinha) é um produto "com inovação"; 

2) Natalis (o show) tem projeções de "250 metros quadrados". Bem, isto seria quase toda a área do próprio lago Joaquina Rita Bier, onde acontece a projeção - que não tem mais de 50 metros quadrados (7 m de largura X 7 metros de altura da "tela" de jatos d'água)...

Uma sugestão para as "autoridades":

Já que pesquisei exaustivamente entre seres viventes de Gramado e Canela e "descobri" que ninguém vai aos eventos porque caríssimos, seria de bom tom que pelo menos os patrões locais, comerciantes que faturam muito nessa época do ano, providenciassem ingressos para seus empregados e familiares. 

Isto poderia ter abatimento no ISS, ou no IPTU (como em Londrina há para o Festival Internacional de Teatro, por exemplo), e os produtores não teriam os sempre alegados (para não darem convites, mesmo que as arquibancadas estejam vazias) "rombos" de receita - que, desconfio, são totalmente livres de custos, uma vez que os espetáculos já encontram-se totalmente "financiados" pelas leis de incentivo do estado do Rio Grande do Sul (Pró-Cultura) e da União Federal (Rouanet). 

Que tal?



E tome Bradesco!
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Doutrina RP: para ajudar a esclarecer o que são relações públicas.


Toda profissão regulamentada fundamenta-se em uma Doutrina, cujo primeiro ato formal é a própria Lei de criação da profissão, e o segundo, a criação do Sistema de Conselhos Profissionais organizado em Regiões, pelo país todo. As relações públicas foram estabelecidas no Brasil em 1914, na Light. A primeira empresa brasileira a criar um serviço foi a CSN, em 1951. O primeiro curso, de especialização, deu-se na Fundação Getulio Vargas, em 1953. Em 1954 foi criada a Associação Brasileira de Relações Públicas - germe do futuro Sistema Conferp-Conrerp, de 1969. A profissão foi criada pela Lei 5.377, de 1967, mesmo ano da criação do primeiro curso de bacharelado, na USP. 

Para mais informações, acesse:

http://wwwrrpp.wix.com/doutrina-rp

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A África do Sul é Aqui!


Tudo em Mandela pode inspirar aqueles que escolhem trilhar uma carreira em relações públicas. A crença em si mesmo, baseada em valores nos quais de fato se acredita - e que se pratica; a empatia que capacita você a colocar-se no lugar do outro; e a perseverança a toda prova. A busca incessante do diálogo, da negociação, e da paz.

“Toda profissão tem um propósito moral. A Medicina tem a Saúde. O Direito tem a Justiça. Relações Públicas têm a Harmonia – a harmonia social”. (Seib e Fitzpatrick, Public Relations Ethics, 1995). In SIMÕES, Roberto Porto. Informação, inteligência e utopia: contribuições à teoria de relações públicas (2006).

Tributo a Madiba no Portal OCI:

http://observatoriodacomunicacao.com.br/notas/africa-sul-e-aqui-copa-capos-e-culpa-numa-nacao-mestica/.
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

HOJE, nos 99 anos de Relações Públicas no Brasil...


... o meu agradecimento aos mestres que foram responsáveis pelo amor à área que escolhi.

Na foto, da esquerda para a direita:

Roberto Fonseca Vieira, Herbete Barbosa de Moura (falando bem, como poucos) - e entre os convidados da IV Semana de Relações Públicas (evento "da minha turma", em 1980) - Manoel Maria de Vasconcellos. À extrema direita, a diretora do IPCS (Instituto de Psicologia e Comunicação Social) da UERJ à época, Profa. Rosita Edler.

- Recordar é viver! Eu ontem sonhei com vocês!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Um novo tempo...

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As novas diretrizes curriculares nacionais para a graduação em Relações Públicas, expedidas pelo MEC, encerraram o ciclo da "Comunicação Social" iniciado na ditadura. 

Para controlar as mentes, Radialismo, Jornalismo, Cinema, Propaganda, Editoração, Biblioteconomia e Relações Públicas foram aprisionadas como "habilitações" sob um mesmo "guarda-chuva". 


Ao invés de "irmãs", as áreas - sempre separadas, divorciadas desde os bancos escolares - enfraqueceram um setor estratégico e inibiram o pensamento crítico, a livre iniciativa e o próprio exercício da democracia e do direito à informação e livre expressão. 


A partir de agora, cada área é dona de seu próprio destino e acredito que os futuros cursos de Relações Públicas nascerão no âmbito das escolas de Negócios - de onde nunca deveriam ter sido extraídos. 


No início, antes da violência, nossos títulos de autores fundamentais - como Canfield e Whitacker Penteado, pai - foram publicados pela "Biblioteca Pioneira de Administração e Negócios" e o parecer fundador da área acadêmica recomendava a criação do bacharelado nas faculdades de Administração.


Estamos livres, agora, para voltar às origens, e deixar o segmento da comunicação, onde Relações Públicas nunca tiveram o destaque merecido, sendo sempre vampirizados pela tosca simplificação do ensino de jornalismo e de propaganda no país - cursos periféricos formando técnicos (e consumidores perfeitos) para a periferia das decisões que interessam à economia, à sociedade e à cidadania, individual e empresarial.

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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Bacharelado em Relações Públicas na Berlinda. Intenções nada republicanas.

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Em 8 de novembro último, nas dependências da ECA/USP, a comunidade de dirigentes de entidades de classe e coordenadores de cursos do campo das Relações Públicas esteve presente em um encontro (forum) que pretendia discutir das diretrizes curriculares nacionais para os bacharelados em Relações Públicas.

Pretendia, sim. Mas não conseguiu.

O forum - infelizmente - não foi forum. Apresentou-se o que já se conhecia antes, por um tempo longo, o qual, dispensado, podia ter permitido a antecipação de uma mais rica discussão de questões.

Houve lamentos por "crise" de demanda (!) e nem uma sugestão (exceto a minha - voltada a levar, permanentemente, todo santo ano, o que são relações-públicas e o que sabem fazer a quem contrata ou sugere contratar: os head hunters) para atacar o problema.

Um evento de errepês - meritório, sem dúvida - mas sem o melhor das RRPP: networking, troca, contato. Nem o indefectível, e esperado (e necessário) "café breque" houve. Ou a parada para um retoque no make up. Desconfortável.

Que o próximo - afinal este deixou um inevitável gosto de "quero mais" - tenha mais forum e menos explicação de Power Point. E que se explique por que em plena época de aceleração da História, optou-se por estender um currículo de gradução, aumentando sua carga horária de 2.700 para 3.200 horas?

Não leve a mal minhas críticas, caro internauta - é mais um desabafo de quem, antes do forum, amargou 7 horas num ônibus e outra num táxi. Adorei conversar com os colegas de quem consegui chegar perto antes que fossem embora a partir da segunda hora do evento.

"É plenamente aceitável que cidadãos não gostem de política. Mas estes terão que contentar-se com o fato de serem governados por aqueles que gostam". Platão. 

Mas estou convencido, depois de 35 anos de envolvimento com a área (comecei meu curso de Relações Públicas em 1978), que nosso presente foi influencidado decisivamente - não pela Lei 5.377/1967 -, mas pelas lideranças que - mal - escolhemos.

Uma plêiade de oportunistas "agarrou-se" à nossa profissão desde o seu início "oficial", diferentemente do mote do grupo da criação, muito antes, em 1954, da Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP) - celeiro de idealistas.

Picaretas de toda ordem traficaram com a profissão e chegaram até a vender registros, aproveitando as brechas da lei e a ignomínia do "provisionamento" profissional. Algo perecido com o que ainda hoje, fazem alguns colegas jornalistas, tratando de "registros" tipo DRTs e MTBs - atribuindo a patrões o condão de "formalizar oficialmente" sua profissão.

Duas gerações de pilantras dominaram os espaços formais de relações-públicas, emudecendo a minoria de abnegados errepês "de verdade" - aqueles comprometidos com o tripé da área: ambiente democrático fundamental, uso da informação verdadeira, factual, e o exercício da transparência - mesmo nas crises.

Em São Paulo e Paraná, a renovação veio pelas mãos de Elaine Lina; em Minas, Espírito Santo e Bahia, pela diligência e paixão de Valdeci Ferreira; e no Rio de Janeiro, mais tardiamente, pela coragem de Alexandre Coimbra, no enfrentamento de uma das piores crises do Sistema Conferp-Conrerp.

Hoje, infelizmente, a 2a. Região também sofre com descalabros, no caso protagonizados por terceiros, durante a segunda gestão de Elaine Lina. As queixas-crime já estão na rua e a verdade há de prevalecer e restabelecer a honorabilidade daquela que foi - por aclamação de todas as regionais, em Brasília - escolhida para renovar também o Conferp, em 2012.

Pior, porém, é termos tido - presentemente - a ação direta de pessoas que não têm interesse algum em desenvolver a área. Antes, em exterminá-la. Ex-profissionais (ou nunca-profissionais) que, claro, não se dedicam genuinamente à profissão, ou que criaram subterfúgios pseudo-legais e "científicos" - problemas com o reconhecimento de um curso de graduação em Brasília, de "Comunicação Organizacional", emergiram na reunião da USP, constrangedoramente.

E jornalistas disfarçados de errepês querem impor um papo de "mestiçagem" do perfil de um "comunicador em organizações", em plena vigência de uma separação (que ajudaram a construir!) das áreas, agora, pelo MEC. Por que não lutaram pela volta da "polivalência" do diploma (que é o que o mercado pede) em sua plenipotente comissão de especialistas?

Quem viver verá sacripantas chorando no funeral da profissão que hoje fingem defender. E, depois, longe das vistas, ao champagne!
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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A César o que é de César...


CONCURSO DO STJ (que é uma Corte e não um veículo de comunicação) quer publicitários e jornalistas (com "registro" na DRT...).

ESSE NEGÓCIO de DRT, MTB, é engodo! É artifício usado para provisionamento profissional (que não existe mais!), e valeu como escudo para jornalistas na ditadura (que acabou há 25 anos!).

REGISTRO só existe para profissão regulamentada (jornalista não é, nunca foi!). As funções listadas no edital estão todas na Resolução Normativa Conferp 43 (2002). STJ não é veículo de comunicação e - portanto - não tem que fazer "cobertura jornalística" alguma.

Temos que partir para cima desses falsos "veículos". Se todos os entes públicos passarem a chamar seus setores de comunicação (empresarial, organizacional etc. e tal), de "Jornal", "Rádio" ou "TV", como fazem o Senado Federal e a Câmara dos Deputados, errepê algum JAMAIS vai conseguir trabalhar.

Os caras "fabricam" empregos de "jornalismo", iludindo a população de que jornalismo fazem. E produzem comunicação "chapa branca" que, aliás, os coleguinhas - quando na imprensa - picham. A comunicação desses órgãos é função de relações-públicas (em qualquer lugar do mundo!). Os "coleguinhas" fazem isto porque empregos para jornalista (de repórter, editor, redator, revisor, articulista, crítico, colunista etc.) não os há mais surgindo na mídia - que só encolhe e "emprega" estagiários, "frilas" e PJotas. E eles não sabem empreender, criar seu próprio trabalho, como nós errepês fazemos desde sempre.

Acabou o tempo da política d'O amor, do sorriso e da flor. Agora, é pau, é pedra, é o fim do jeitinho!
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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

BUDAPEST: anotações de viagem.

A Hungria, sua história e seus mistérios, já povoara os meus sonhos de criança, impressionado que fui – e fã ardoroso –, da obra-prima de Ferenc Molnár “Os meninos da rua Paulo”.

Nomes como Nemecsek, Tsonacosh, Chico Áts e o sagrado solo da comprida avenida Üllo... “que não acabava mais”... já prenunciavam aquele idioma incompreensível – que agora pude ouvir in loco –, como bem definiu Chico Buarque, “o único que o Diabo respeita”.

Eslovaco, o estrangeiro; o doce de nougat e o jogo de péla invadiram a minha mente infantil, que nem bem nem mal compreendia as complicadas questões da guerra fria no leste europeu, com suas cidades tristes, escuras e vazias de gente, de cores, de sons.

Budapest, em minha vida, 40 anos depois de lido o romance, enche-me de um outro sentimento invulgar. Um misto de resistência e teimosia permanentes, de “volta por cima”. Lenta, centenária, milenar. Quiseram os deuses que os húngaros conservassem seu torrão natal e sua língua materna única em meio a tantas na Europa central – eslavas, latinas, cirílicas...

Pouco mais de dez anos de moeda comum e os húngaros relutam em adotar o Euro, e permanecem com o dinheiro dos tempos de Molnár, o poético Florim. Bom para eles.

E eu fico pensando se o Brasil não teria algo a aprender com a distante Hungria. Relutar quanto à dominação cultural norte-americana, tanto quanto resistimos aos holandeses, franceses e espanhóis de outrora, permanecendo “inteiros” e brasileiros, numa só nação-continente, falando português em meio a castelhanos.

Relutar culturalmente, financeira e economicamente. Relutar estratégica e taticamente. Fazer “outra coisa”, de “outro jeito”. Meio-português, meio-italiano, meio-árabe, meio-libanês, meio-japonês, meio-africano e meio-índio: 7 matrizes para não morrer. E viver 7 vidas. Não sucumbir à imbecilização que nos querem imputar os media e os políticos profissionais com seus partidos de belas fachadas e espúrios acordos com a nossa cínica “elite”. 

Fazer de outro modo. Ser como uma Hungria milenar, resistente no coração da Europa, como aqueles meninos da rua Paulo defendiam seu gründ, seu lugar – se preciso fosse, com a vida.

domingo, 22 de setembro de 2013

BRASIL: esclarecemos ou escurecemos?


Existe um espírito do tempo pairando aqui, agora, no Brasil, principalmente nos media, querendo difundir a ideia de que há outro modo de civilização que não seja fundamentada em instituições – como as que conhecemos – fortes.

Ocorre que TODAS as civilizações que chegaram a estágios desenvolvidos – no Ocidente e no Oriente – foram construídas sobre instituições fortes, tanto formais quanto informais, e por isso é tão importante conhecer, ensinar e aprender o pensamento do economista Douglass North, ganhador de prêmio Nobel justamente por sua teoria institucionalista, principalmente entre futuros relações-públicas, responsáveis pela comunicação do tipo... institucional.

Mas isto não interessa ao espírito do tempo e aos seus dois braços armados; a mídia comercial e a indústria cultural “mainstream”. E, por isso, North NUNCA foi traduzido e publicado no Brasil.

Quando lemos hoje, n’O Globo, que o Brasil é o sétimo país em termos de PIB, mas o 56º. em competitividade e 80º. em instituições, isto TEM QUE soar um alarme na cabeça das pessoas que têm discernimento e boa vontade (duas qualidades essenciais a um relações-públicas).

Com um regime ditatorial chegamos a oitava economia do globo, e com uma crise mundial que assolou-nos MENOS que a outros países, ainda subimos uma posição (algo que eu poderia classificar como “inercial).

Porém, dadas as condições em que vive a grande maioria da população brasileira, sob uma mídia imbecilizante, sob governos tíbios, incompetentes e corruptos, uma desindustrialização que só faz formar consumidores e trabalhadores de baixa renda (tudo isso denominado “novas classes médias”), somos candidatos a andar para trás no concerto das nações e ver instituições que datam do império (e que têm tudo para consolidar-se mais e mais) esfacelarem-se e darem lugar, não mais a uma Belíndia, como sintetizou Edmar Bacha há vinte anos, mas a uma Luxemburma bem próxima da escuridão antevista por Ridley Scott para a Los Angeles de 2019, em “Blade Runner”.
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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Thanks camarada Snowden...

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Uma amostra do que a espionagem "oficial" produz:

http://www.youtube.com/watch?v=InWifglIkQ0&sns=em

Imaginemos o que a não-oficial perpetra.
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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Quando o cinema educa... (entrevista com o cineasta Frederick Wiseman).


Com quatro horas de duração, "At Berkeley", filme de Frederick Wiseman, (83 anos e 40 filmes), sobre a universidade pública americana, estreou em Veneza e está no Festival do Rio.

Do clipping: reprodução da entrevista a André Miranda, n'O Globo de 17/08/2013.

O senhor sempre diz em entrevistas que não gosta de explicar seus filmes. Por que?

É porque eu acho que os filmes são autoexplicativos. Minha tarefa é fazer com que o filme seja o melhor possível, e, se ele funcionar, não será necessária uma explicação.

Mas há uma ideia por trás da história, não? Por exemplo, o senhor explicaria a ideia por trás de "At Berkeley"?

A questão é que não é necessário. Ao assistir o filme, você terá quatro horas para enxergar as muitas ideias presentes ali. A única ideia que tive, e que tenho em todos os meus filmes, é que, se eu passasse um tempo em Berkeley, conseguiria fazer um bom filme. Se eu conseguisse explicar para você tudo o que está no filme em 25 palavras, isso significaria que não deveria ter feito o filme. Bastaria publicar essas 25 palavras.

Como a direção de Berkeley recebeu a ideia do documentário num momento delicado como o que as universidades americanas passavam em 2010?

Eu simplesmente escrevi uma carta para o reitor, e marcamos um almoço. Expliquei o que queria fazer, e ele aceitou. A partir daí, pude filmar tudo o que quisesse. Houve apenas um único evento no qual não me deixaram entrar, que foi uma reunião para captação de verbas. Eles ficaram preocupados que a câmera pudesse incomodar as pessoas para quem estavam pedindo dinheiro.

Mas, ainda assim, muitos dos debates que aparecem no documentário lidam justamente com a crise econômica e o financiamento universitário. Qual o senhor acredita ser, neste momento, o principal desafio de uma instituição como Berkeley?

Há alguns parlamentares e também alguns cidadãos que se opõem à educação pública. São pessoas que vão idiotizar nosso país. Há uma recessão na América que fez com que sobrassem menos recursos para a educação pública, mas não podemos aceitar isso. Berkeley é uma das grandes universidades no mundo e tenta encontrar uma fórmula em meio à crise econômica para manter seus bons resultados.

Berkeley é mais uma instituição, das muitas que o senhor escolhe para fazer seus documentários. O que o atrai nesse tipo de abordagem?

Todas as sociedades têm instituições semelhantes às que eu filmo. Em todos os lugares há prisões, hospitais, escolas, exércitos, grupos de dança e por aí vai. A diferença é a forma que assumem em cada país, por isso acredito que as instituições explicam muito de cada sociedade. É por isso que faço filmes sobre elas, por conta de sua importância para compreendermos as sociedades. Por exemplo, meu próximo filme será sobre a National Gallery, de Londres. Mas não vou te explicar qual a ideia por trás dele.
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sábado, 7 de setembro de 2013

Grato Grato Grato aos pares pelo presente de 7 de setembro!

MARCELLO CHAMUSCA escreveu: 

"Na Cerimônia da Oitava Edição do Prêmio Relações Públicas do Brasil, realizada em Manaus, Amazonas, dia 3 de setembro de 2013, Manoel Marcondes Neto foi eleito o Relações Públicas do Brasil na categoria profissional de mercado, em júri popular, pela internet".

E EU RESPONDO: 

Que alegria, amigos! Que satisfação! Grato, Marcello Chamusca! Manter qualquer iniciativa - mesmo as meritórias, como o RP-Bahia e o Prêmio Relações Públicas do Brasil - por oito edições anuais neste país é um feito enorme e raro! Em primeiro lugar quero deixar marcada esta constatação e este meu reconhecimento a você. Parabéns!

Quanto a esta honraria - ser lembrado, e pelo voto dos pares - não há palavras que bem exprimam o meu sentimento, mas tento:

- valeu a pena persistir no sonho apesar de todas as opiniões contrárias à minha escolha de formação;

- valeu a pena exercer a atividade em cada cargo ocupado - mesmo com outros nomes - e fazer valer o nosso Norte: procurar inegociavelmente a harmonia;

- valeu a pena ser grato à formação que tudo me trouxe - e comemorar intensamente os meus 30 anos de formado, no ano passado, com o lançamento do livro sobre os "4 Rs" das Relações Públicas e a entrega ao mercado (organizações, colegas profissionais e estudantes) do website www.rrpp.com.br e os vídeos didáticos que explicam as 16 táticas - em que os 4 Rs se subdividem - das "Relações Públicas Plenas".

Certamente, esse mix de esforços de toda uma vida de trabalho - e mais as sete viagens pelo Brasil, em 2012, que o lançamento/comemoração me proporcionaram - é que levou-me a ser presenteado pelos colegas, pelos alunos a quem dediquei 80% desses 30 anos, e por pessoas generosas do mercado que votaram.

A todos agradeço muito, e com mais trabalho prometo reiniciar a contagem para os próximos 30 anos. Vem aí, ainda este mês, o Observatório da Comunicação Institucional, uma iniciativa sem fins lucrativos, também entre pares queridos, que quer doar, doar e doar, todo um conhecimento acumulado e o grande entusiasmo pela profissão herdado dos mestres maravilhosos que tivemos, tanto na academia como no mercado.

O meu forte abraço a todos!

Vide link

#MARTA_RELAXA_E_SOME!


Quanto mais linguagens aprendemos, mais nos desenvolvemos. Outra língua, música, artes manuais, esportes - isto é o verdadeiro approach que podemos chamar "cultural" - o ambiente em que a educação se dá (e do qual se nutre). Com a pobreza absoluta (de espírito e de verbas) de nosso MinC é que defendo sua extinção e a volta dos negócios da Cultura à esfera do MEC, como a teimosa sigla, aliás, já denota. De Sarney a Rouanet: o desastre de uma "política cultural" baseada apenas em leis de renúncia fiscal.

Raras vezes a Cultura, no Brasil, no âmbito federal, chegou à execução de 1 bilhão de reais/ano. A UNESCO recomenda pelo menos 1% do orçamento para a Cultura sob pena de extinção paulatina dos traços culturais de nação. Um por cento do orçamento executado no ano de 2012 significaria 14,152 bilhões de reais. Ou seja: a Cultura não interessa ao Brasil. "Nossos representantes" em Brasília - no Executivo e no Legislativo - assim consideram e assim procedem.

Ditadora! Uma "paraquedista" que topa qualquer cargo, desautoriza um coletivo de especialistas (CNIC) que atua dia após dia, ano após ano fora dos holofotes!

Sob Marta Suplicy - musa dos factoides - começaram os efeitos "práticos" da tal da "economia criativa" que se antecipa à economia da cultura no Brasil... e SÓ no Brasil.

O MinC, excetuando a iniciativa de 1997 (encomendando à Fundação João Pinheiro a mais séria pesquisa - e infelizmente ÚNICA - já feita no país sobre a área artístico-cultural como setor econômico relevante - publicada em 1998), NUNCA MAIS dedicou-se a organizar o setor, seus dados e seus agentes. E, agora, com Dilma, colocou a carroça na frente dos bois.

Com a "inovação", podemos esquecer o apoio do Estado às artes visuais, cênicas, o patrimônio histórico, o livro, a música... e começar a ver o timbre (e as - parcas - verbas) do Ministério da Cultura aplicadas preferencialmente em moda, culinária, turismo, "design" e "videogames" - os "queridinhos criativos" da hora. LÁSTIMA!

#MARTA_RELAXA_E_SOME!
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ressaca de - más - notícias.


O Jornal das 10, da Globo News, é programa reprisado sempre às duas da manhã do dia seguinte. Quando perco-o "ao vivo", lá estarei eu, atrasado, até as três horas da madrugada, assistindo o que considero o melhor telejornal disponível no dial. Não é um telejornal nota dez. É sete, bem entendido.

Mas a edição de ontem fez o grau baixar a zero. Não por causa do apresentador, dos repórteres, editores, redatores ou técnicos. Por causa do conteúdo. Na verdade a nota zero é para o Brasil ali retratado.

As notícias:

(1)

Câmara dos Deputados aprova, por unanimidade, o voto aberto, doravante, em todas as votações legislativas, e em todos os níveis; federal, estadual e municipal. Hipócritas! Por que, então, a votação de uma semana atrás deu vitória à tese do deputado detento? Vagabundos! Fizeram esta votação de segundo turno SETE anos após a votação em primeiro escrutínio, de 2006, também unânime pelo fim do voto secreto.

Alguma coisa está fora da ordem

Porque agora o projeto vai a uma Comissão do Senado Federal e, depois, terá que passar por dois turnos de votação. Quando será que a revolucionária decisão estará valendo? Pela (des)ordem natural das coisas, daqui a outros sete anos. Nunca a tempo de reverter a ira popular que se sente no ar para as comemorações do 7 de setembro.

(2)

Diretores do Banco Nacional são presos pela manhã e libertados à noite. Nem uma soneca tiraram na cadeia estes senhores que deram uma tunga de quase 10 bilhões de reais em... 1995!!!

Por que foram liberados?

"Pela idade dos acusados" diz o apresentador. Isto quer dizer que a nossa justiça falha e tarda. E porque tarda, mais ainda falha na punição muito devida desses ladrões.

(3)

Trem da Supervia (super o quê?) quebra e, após meia hora de espera, os passageiros vão para os trilhos, andar a pé, pela segunda vez em uma semana. Uma composição foi incendiada e a vidraça de uma bilheteria foi quebrada.

Maldito gerúndio

Após mais este "incidente", a Supervia "soltou" (as organizações andam se comunicando como que por flatos) uma nota "pedindo desculpas aos usuários, lamentando o ocorrido e dizendo que está fazendo investimentos para a melhoria do sistema". E só.

Esta aí mais um caso típico para o Ministério Público acionar com base na tese da má prática da comunicação institucional, aquela que induz a erro, falta com a verdade, fornece informação incompleta e engabela a imprensa (que só faz reproduzir as desculpas esfarrapadas), ganhando tempo para que tudo se apague da memória coletiva.

Moral da nossa história

Depois, a sociedade, a imprensa, a opinião pública - essas nossas instituições tão capengas ficam surpresas com a violência com que certos manifestantes se expressam...
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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

ENREDADOS!


A música de Dorival Caymmi é inspiração, sempre, mas é a coluna de Merval Pereira, n’O Globo de 28 último que presta-nos um favor, pinçando do novo livro de Manuel Castells, “Redes de indignação e esperança”, alguns conceitos extraídos da observação atenta do pesquisador sobre as recentes explosões de manifestação popular que levaram a figura anônima, mascarada, do protester à condição de “personalidade do ano” da revista Time, em 2011.

Mantendo-se nas pesquisas de opinião pública com vistas ao pleito presidencial de 2014, apesar de “sem partido”, Marina Silva conseguiu sair na frente de todo o espectro político brasileiro, do experimentadíssimo PMDB ao novíssimo PSD, porque anteviu, nas palavras do colunista, “este movimento autônomo das ruas que rejeita as formas tradicionais de fazer política” – algo comum às manifestações do Brasil atual, às manifestações da chamada “primavera árabe” e aos movimentos occupy antiglobalização que pipocaram ao redor do mundo, ora contra a OMC, nos EUA, ora contra o FMI, na Itália, ora contra Wall Street etc. etc. etc.

Manuel Castells chama a base de todas essas manifestações – internet + celulares + redes sociais – de “plataforma tecnológica da cultura de autonomia” e, no seu livro, diz que “Marina é a exceção entre os políticos – por estar conectada aos novos anseios – e os movimentos sociais em rede vão continuar a lutar, debater, evoluir e, por fim, a se dissolver em suas atuais condições de existência, como aconteceu com todos os movimentos sociais da História”.

O autor, talvez o maior estudioso do fenômeno que ele mesmo batiza de “autocomunicação de massas” conclui que “é muito cedo para avaliarmos o resultado final desses movimentos, embora já possamos dizer que regimes mudaram, instituições foram desafiadas, e a crença no capitalismo financeiro global triunfante foi abalada, possivelmente de maneira irreversível, na mente da maioria das pessoas”.

Se eu tivesse 21 anos, hoje, num país cuja Câmara dos Deputados absolve um seu membro já condenado e já preso, talvez me filiasse ao Black Bloc.

A (in)conclusão a que me permito, no caso brasileiro, é que há arranhões aqui e ali, sim, mas o “status quo” político-econômico não se moveu um milímetro. Ministros, governadores e prefeitos continuam licitando toalhas de algodão egípcio e caviar para seus palácios. Os jatinhos da Força Aérea Brasileira transformaram-na numa empresa de táxi aéreo (deficitária, claro, e às nossas custas). São Paulo tornou-se, agora, “a” capital dos helicópteros, superando Tóquio e Nova Iorque.

E a propaganda política dos partidos continua repetindo na TV a ladainha tosca de que “ouvimos as ruas e queremos a institucionalização da democracia no Brasil”, ou seja, dizem nada para que tudo continue como está. Acho que a “imprevisibilidade positiva” mencionada por Manuel Castells precisa continuar...

E ele finaliza: “o que é irreversível no Brasil e no mundo é o empoderamento dos cidadãos, sua autonomia comunicativa e a consciência dos jovens de que tudo o que sabemos do futuro é que eles o farão. Mobilizados”.

Que Deus o ouça, xará.
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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Em 1974 eu aprendi que futebol "profissional" é pura fraude, perda de tempo.


Enganação.

Fui a um jogo vergonhoso lá (quando passei a não acreditar mais no futebol "profissional"), em 1974, quando meu time "dividiu" um título. Havia muita lama em volta do estádio. Hoje está tudo coberto de asfalto. E a lama penetrou na alma do antigo esporte.

Lástima!

Uma lástima que pessoas dediquem, a sério, seu tempo ao tema "futebol profissional". Só dá para aceitar como "diversão", e na categoria "comédia". Jornalismo especializado em futebol? Só se for para noticiar crimes. É o único caderno do meu jornal que jogo no lixo sem sequer abrir. E motivo para eu mudar de canal, na TV, e de estação, no rádio.
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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Darcy Ribeiro: o guerreiro sonhador.


ESTÁ INSTITUÍDO para todas as pessoas de boa vontade ASSISTIR o documentário, de 44 minutos, de Barbosa Lima Sobrinho intitulado "Darcy Ribeiro: o guerreiro sonhador". 

1a. parte: http://www.youtube.com/watch?v=T06fC9VwaXk

2a. parte: http://www.youtube.com/watch?v=Z_4bc_asB8c

3a. parte: http://www.youtube.com/watch?v=3SxQmFiXsFQ

4a. parte:http://www.youtube.com/watch?v=yP392UAgKfU

IMPERDÍVEL!
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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Os jornais dependurados dão a senha para a moçada!


O SOL NAS BANCAS DE REVISTA... não deixará que cessem as - mui justas - manifestações: na primeira página d'O Globo de hoje já se capta que "nada mudou-nada vai mudar" se depender dos políticos profissionais brasileiros: Brazão não sai da CPI-Pizzaria, leilão do trem-bala também não sai - e a manchete ao lado é "Governo deverá socorrer as aéreas" (uma "obra" do Moreira Franco - 'coronel' do PMDB fluminense); justamente as donas do lobbying contra qualquer outra coisa que não seja sua lucrativíssima ponte-aérea. E mais corrupção no transporte de São Paulo.

A tal da "mobilidade" inaugurou o processo e o gigante acordou. Que o Noblat tenha se enganado, ontem, n'O Globo, e o povo NÃO deite nestes berços esplendidamente ruins e caros, mas... QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?
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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

NINJAS no ventre do Sistemão!


A mídia mainstream simplesmente não abre microfones e câmeras para certo tipo de papo "esclarecedor" (usando "esclarecimento" aqui na melhor tradição frankfurteana). 

Hoje, na madrugada, assisti na TV Câmara, à reprise da audiência pública (de 07/08/13) sobre Marco Civil da Internet numa reunião de comissão permanente do Congresso Nacional. 

NUNCA, uma emissora aberta mostraria aquilo! (Duas horas de falação técnica é difícil, eu sei, mas... há que haver). 

As pessoas - os espectadores que assistem novelas-faustão-futebol-mma-caldeirão-louro-josé-e-xuxa) têm que continuar achando que ter e-mail e acesso às redes sociais é o bastante em termos de acesso à internet... 

A representante do FNDC, Renata Mielli; e a representante do IDEC, Veridiana Alimonti, eram verdadeiras NINJAS naquele antro de apaziguamentos niveladores de tudo. Um banho! 

Que suas emendas emendem o marco regulatório e, sobretudo, preservem a neutralidade da rede.

LINK para o vídeo: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/webcamara/videoArquivo?codSessao=45101.
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domingo, 11 de agosto de 2013

"Jornalismo VERSUS Imprensa".

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Este é um dos pontos nevrálgicos da questão institucional que há entre jornalistas e "anunciantes" (que sempre querem um jornalista p'ra chamar de seu).

Jornalismo é o que se ensina na Faculdade. Imprensa é um setor organizado como tal, inclusive sob entidades de classe como a ABI e Fenaj, entre outras.

Todas as prerrogativas a repórteres, pauteiros, redatores, editores e articulistas que atuam profissionalmente NA imprensa - ou seja - em veículos de comunicação (Pessoas Jurídicas formalmente definidas como tal)!

Mas, jornalista de formação ou de carreira, quando FORA desse ambiente, perde a condição de membro da Imprensa, perde o crachá de Imprensa, perde o acesso que a Imprensa - com justiça - tem, privilegiadamente, em função de ser o que é, gostemos ou não de nossos veículos da hora.

Por isso a importância de um Conselho para a categoria dos jornalistas - "o" organismo que pode, por lei, dar uma credencial profissional. E por isso deve-se rever o efeito - deletério - que ronda os sindicatos de jornalistas e a própria Fenaj - entidades que se legitimam, hoje, apenas pelo fato de emitirem uma "carteirinha" onde figura bem destacado o "carimbo" IMPRENSA.

Tem muita gente por aí, fora das redações, dando "carteirada" ostentando esses papéis pintados. Já escrevi sobre isso uma vez: http://marcondes-at-blog.blogspot.com.br/2009/09/nota-reveladora-do-conflito-de.html.

Saiba mais.

O problema dos jornalistas fora de redação é o conceito de free lancer, ou a invenção brasileira "jornalistas em assessoria".

Os chamados "frilas" vêm corroendo a conduta ética dos jornalistas há décadas. E sindicatos, associações e afins não têm conseguido frear as más práticas.

Já prestei serviços à organização que emprega a maior "redação" do país - a Petrobras - um oceano profundo de free lancers - e vi jornalistas traficando informação em retribuição a amizade, favores, novos "frilas" etc. Tenho extenso material sobre isto (trabalhei como consultor - e me arrependi - por lá em duas oportunidades - ambas "lamentáveis"), inclusive na matéria que consta do link acima.

"Jornalista" é quem trabalha em jornal, revista ou seus sucedâneos eletrônicos e digitais. No exercício para outro tipo de organização (a não ser que a pessoa esteja atuando em literatura, por mote próprio) estará exercendo outro ofício, provavelmente o de relações-públicas, uma profissão regulamentada.

Por isso, aliás, o Sistema Conferp-Conrerp admite que um jornalista (desde que sob PJ) preste serviços de RRPP, desde que inscrito como empresa no Sistema e apresente um RT (responsável técnico) também regularmente inscrito. Fora disso estamos na penumbra, ante-sala da ilegalidade.
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sábado, 10 de agosto de 2013

Fim da linha para a BRAVO!

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Todos nós que fizemos parte da equipe da Bravo! lamentamos muito o fim da revista. E tenho certeza de que os leitores e amantes da cultura, também. Fica o testemunho da dificuldade de se manter um veículo exclusivamente voltado para cultura no nosso país--ainda. Mas a história da Bravo! vai ficar. Katia Canton (no Facebook).

Cultura não é mesmo a "praia" dos brasileiros. 

Eu posso dizer isto, uma vez que meu "Economia da Cultura" (2011) foi solenemente ignorado por TODAS as autoridades - municipais, estaduais e federais - que o receberam da editora. E nem um dos 30 partidos brasileiros tem proposta séria para a Cultura.

O MinC é o mais "desimportante" ministério da Esplanada (como bem disse Aderbal Freire-filho) - nem um o quer. E a única "política cultural" que temos é a renúncia fiscal que põe nas mãos de bossais gerentes de marketing o que vamos ler, ouvir e ver.

Parafraseando Decio Pignatari: PODBRE BRASIL!

A íntegra da notícia:

A Abril Mídia divulgou hoje, oficialmente, o fim da revista BRAVO! em todas as plataformas. A publicação – uma das únicas no país dedicada exclusivamente às artes, onde trabalhei entre agosto de 2005 e julho de 2013, como editor-sênior e redator-chefe – nasceu em outubro de 1997. Estava, portanto, à beira de completar 16 anos.

Foi criada numa pequena editora de São Paulo, a D’Ávila, já extinta, e migrou para o grupo Abril em janeiro de 2004. Quando chegou à seara dos Civita, desfrutava de prestígio, mas padecia de má saúde financeira. Não sei dizer quanto dava de prejuízo à época. Só sei que, na Abril, o quadro não se alterou substancialmente, mesmo quando o título adotou uma linha editorial um pouco mais pop, um pouco menos “cabeça” que a de origem.

Com todos os defeitos que pudesse ter – e que realmente tinha, à semelhança de qualquer publicação –, BRAVO! não perdeu o respeito do meio cultural. Havia divergências de vários artistas e intelectuais em relação à revista. Os próprios jornalistas que passaram pela redação nem sempre concordavam 100% com a filosofia do título, ditada obviamente pelos donos. Uns o acusavam de conservador, outros de elitista, superficial ou condescendente demais. Mas havia também muita gente boa que gostava de nossas edições. O fato é que mesmo os opositores jamais recusaram sair nas páginas de BRAVO!.

Quem trabalhava para a publicação raramente ouvia um “não” quando fazia pedidos de entrevista. Até Chico Buarque, famoso por se expor pouquíssimo na mídia, topou protagonizar uma capa junto de Caetano Veloso (deixou-se fotografar, mas não abriu a boca, convém lembrar). Todos, de um modo geral, reconheciam que a publicação buscava primar pela seriedade.

Mesmo assim, em termos comerciais, BRAVO! nunca gerou lucro – pelo menos, não na Abril (como disse, desconheço os números da D’Ávila). A revista, embora contasse com o apoio da Lei Rouanet, operava no vermelho. Em bom português, dava prejuízo – ora de mihões, ora de milhares de reais. Por quê? Vejamos:

1) BRAVO! dispunha de poucos leitores? Sim e não. A revista contava com cerca de 20 mil assinantes e 8 mil compradores em bancas e supermercados. Vinte e oito mil pessoas, portanto, adquiriam a publicação mensalmente.

Se levarmos em conta os parâmetros do mercado publicitário, cada exemplar tinha, em média, quatro leitores. Ou seja: uma edição atingia algo como 112 mil pessoas. No Facebook, a publicação contava com 53.600 seguidores e, no Google +, com 30.900. Eram índices desprezíveis? Depende.

Em comparação com revistas de massa, a maioria editada pela própria Abril, os números de BRAVO! nem chegavam a fazer cócegas. Mas, considerando que o título se voltava para um nicho relativamente restrito, o da alta cultura mais sofisticada, as cifras não parecem tão ruins.

Em geral, BRAVO! falava sobre manifestações artísticas que, mesmo se destacando pela qualidade, não atraíam público quantitativamente significativo. A revista dedicava quatro, seis, oito páginas para filmes como "Tabu", do português Miguel Gomes, exposições como a retrospectiva de Waldemar Cordeiro no Itaú Cultural, livros como "O Erotismo", de Georges Bataille, peças como "A Dama do Mar", de Bob Wilson, e espetáculos de dança como "Claraboia", de Morena Nascimento.

Procure saber quantas pessoas viram tais filmes, mostras e espetáculos ou leram tais livros. Cinco mil, 10 mil, 20 mil? Como BRAVO! poderia ter zilhões de leitores se o universo que retratava não tem zilhões de consumidores? A publicação, por sua natureza, enfrentava o mesmo problema que amargam todos os artistas do país dispostos a correr na contramão dos blockbusters.

2) BRAVO! perdeu leitores em papel com o avanço das mídias digitais? Perdeu, seguindo uma tendência internacional. A perda, no entanto, não se revelou tão expressiva e ocorreu num ritmo menor que o de diversos títulos.

3) Era mais caro imprimir a BRAVO! do que outras revistas? Sim, bem mais caro, por causa de seu formato e de seu papel, ambos incomuns no mercado.

4) BRAVO! tinha poucos anúncios? Sim. Raramente, a publicação cumpria as metas da Abril nesse quesito. O motivo? Falhas internas à parte, os grandes anunciantes costumam demonstrar pouco interesse por títulos dedicados à “alta cultura”. “O leitor de revistas do gênero, sendo mais crítico, tende a frear os impulsos consumistas”, explicam os publicitários, nem sempre com essas palavras. Pela mesma razão, tantos cantores, artistas visuais, produtores de teatro e bailarinos encontram sérias dificuldades para captar patrocínio.

A soma de tais fatores tornava BRAVO! deficitária. Ao longo dos anos, tentaram-se diversas medidas para estancar o sangramento. O número de páginas da revista diminuiu de 114 para 98; as datas em que a publicação rodava na gráfica da Abril se alteraram algumas vezes com o intuito de reduzir os custos de impressão (é mais barato imprimir em certos dias do mês que em outros); a redação encolheu; os projetos gráfico e editorial sofreram ajustes; criaram-se ações de marketing pontuais na esperança de aumentar a receita publicitária. Cogitou-se, inclusive, mudar o papel e o formato de BRAVO!. O publisher Roberto Civita (1936-2013), porém, sempre vetou a alteração. Acreditava que fazê-la descaracterizaria em excesso a revista.

A Abril poderia ter insistido um pouco mais? Pecou por não descobrir jeitos inovadores de sustentar a publicação? É difícil responder – em especial, a segunda pergunta. A crise está instalada na imprensa de todo o mundo. Gregos e troianos dizem que a mídia tradicional precisa se reinventar. Eu também digo. Mas qual o caminho das pedras? Não sei. No máximo, posso arriscar uns palpites. E seguir investigando, e seguir apostando. O mesmo vale para os empresários da comunicação.

Gostaria que a edição de agosto não fosse a última de BRAVO!. Entristeço-me com o fim da publicação porque aprecio muitíssimo a arte. Filmes, livros, peças, músicas, instalações, pinturas, balés e quadrinhos me ensinaram mais sobre viver do que a própria vivência. No entanto, não bancarei o viúvo rancoroso. Não lamentarei a baixa escolaridade do brasileiro, o pragmatismo dos publicitários e dos patrões, o advento da revolução digital. Tampouco abdicarei de minhas responsabilidades frente aos erros e acertos da revista. Fiz e ainda faço parte do complexo jogo em que a mídia se insere. Procuro encará-lo com amor, senso crítico e serenidade. Nem sempre consigo, mas...

De resto, queria agradecer tanto à Abril quanto a todos os leitores e profissionais (artistas, editores, repórteres, críticos, ensaístas, designers, ilustradores, fotógrafos, assessores de imprensa, executivos, vendedores, secretárias, motoristas e motoboys) que tornaram possível tão longa e inesquecível jornada.

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Eu fui um dos 28 mil...
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terça-feira, 6 de agosto de 2013

ACHTUNG, baby!


Estão querendo idiotizar-nos. 

E, sempre, via mídia - que é mais fácil. Além "dos alemão" querer que, ao invés de chamar o meu carro de fusca, eu diga que é "das auto" (até o "coxinha" Luciano Huck está tagarelando a teutônica impostura), agora vem o Governo Federal - por meio daquele ministério que nem o Moreira Franco quer (a malfadada Secretaria de Assuntos Estratégicos), tentando convencer-nos, n'O Globo de hoje, que "Renda da classe média tem crescimento de 50,6% em dez anos".

E quem os órfãos do Moreira consideram "classe média"?

O grupo de trabalhadores com renda familiar per capita entre 291 e 1.019 reais! Pano rápido! Eu não me espantarei, pois, se o "estudo" da SAE - esta secretaria que até o PMDB despreza - intitulado "vozes da nova classe média" for divulgado com um "funk" desses que junta erros de português a grosserias de conotação sexual, pregando a violência contra a mulher. Se o Brasil, e os brasileiros, se contentam com ESTA renda familiar e festejam dançando à la alemão (o morro), em breve teremos evoluído à IDADE média.
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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Várias análises já demonstraram: doutores publicam-se e referenciam-se uns aos outros, numa ação entre amigos tão mafiosa quanto medíocre.

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Deveria haver controle externo dos departamentos acadêmicos. Não o controle das publicações científicas "qualis-ficadas" - o que nada mais é que uma ação entre amigos.

Departamentos? Não, corriolas.

Um departamento acadêmico deveria responder por sua "fatia" de saber, por exemplo, no meio para o qual provê perfis "especializados". Se um bacharelado em Jornalismo não consegue "produzir" um perfil sequer para atuar numa organização de Jornalismo, alguma coisa deve estar errada.

O mesmo acontece com a Medicina, o Direito e a Contabilidade, cujos egressos têm sido reprovados, em seus respectivos exames de proficiência, na proporção de 9 em 10 inscritos.

E ninguém quer ser "chefe". São todos pares. Então fica assim: - eu não encho o saco de vocês e vocês não enchem o meu. E todos trabalham o menos possível, nos dias e horários que lhes convêm, o mínimo na graduação - que ninguém é de ferro -, e pesquisando aquilo que der na telha, mesmo que tenha NADA a ver com o objeto do departamento. 

Produção em escala só barateia o resultado. De relógios a pesquisadores.

Há tempos acontece na universidade pública brasileira uma "delegação" do poder de avaliar às publicações "todo-foderosas". Funciona assim: o candidato a mestre ou a doutor, ao fim de suas obrigações (com disciplinas, seminários, papers, aulas dadas de graça no lugar de seus orientadores), deve conseguir publicar o artigo referente à sua pesquisa numa dessas públicações "qualis-ficadas". Qualquer uma. Se a tese é em cirurgia pode ser uma revista de ... cirurgia. Mas "se der errado", e o artigo não "emplacar", pode-se sempre tentar uma revista de radiologia. E, se ainda assim não "colar", haverá alguma de diagnóstico avançado, clínica médica ou medicina social disposta a publicar o texto. Praticamente, não há como não obter-se o beneplácito de um editor, ou conselho editorial, de quem o orientador seja "conhecido".

Estelionato acadêmico.

E aí, só depois, é que o cidadão poderá marcar a sua "defesa". E a primeira coisa - talvez única - a dizer diante da banca "examinadora", será demonstrar a publicação na revista de "renome" e reproduzir o artigo e suas figuras, antes de posar para as fotos ao final da pantomima...

Triste. E lamentável! 

Graças aos céus estou completando 39 anos de carteira assinada em 2 de setembro próximo. E fiz a minha carreira acadêmica - esta com 28 anos completos - antes do uso intensivo da web, antes do advento do homo lattes, e antes da ditadura dos artiguinhos em série. Meu doutoramento na USP foi iniciado em 1996 e a tese depositada em 1999. A defesa ocorreu em 2000. Um artigo sobre a mesma saiu em 2001, e o livro dela decorrente em 2002. Um trajeto, à época, natural.

A aposentadoria me aguarda em breve e aí poderei dedicar um pouco do tempo produtivo que me resta a ajudar a abrir - de fora, claro, pois que dentro o corporativismo sempre vence e fecha - a caixa de Pandora em que se transformou a antes respeitável universidade brasileira, hoje um ambiente quase irrespirável.

Para mais, acesse este link.

As matérias que deram origem ao tópico de discussão na web.

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domingo, 4 de agosto de 2013

URGÊNCIA para uma nova regulação da televisão do Brasil *.


A personagem Chauncey Gardner - encarnada nas telas por Peter Sellers, em 1979** - viveu quase meio século "educada" pela TV das décadas de 50, 60 e 70 do século XX. Formou-se um adulto completamente idiota, em "Muito além do jardim", o autêntico "Videota" (este, inclusive, o nome dado ao filme em Portugal).

E foi considerado tão "inteligente" e de "sutil sabedoria" no meio em que foi acolhido quando se viu um adulto na orfandade, que acabou indicado a candidato a presidente dos EUA!

Hoje, com a TV aberta deste terceiro milênio, o processo de idiotização não leva 30 anos, mas apenas três, senão menos.

* O marco legal que regula a comunicação eletrônica no Brasil atual é de 1962.

** Being There (filme de Hal Ashby).
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sábado, 27 de julho de 2013

Políticos Profissionais Brasileiros: Dream Factoring?


As nossas "autoridades", principalmente a tosca categoria "políticos profissionais", lutam pelos mega-eventos. Pagam fortunas por vídeos MENTIROSOS onde o Largo da Carioca não tem poças d'água, não tem camelôs, não tem... gente (veja a recente propaganda de página inteira do VLT - em frente à Biblioteca Nacional. Vê-se o trem e... UM casal transeunte!).

Aí conseguem! E então deixam tudo para a ralé da administração - quase toda mofada, quase toda incompetente porque aparelhada - e já estão pensando em eleição e nos próximos mega-eventos "de campanha". Planejamento? Zero!

Esses monstros que nos (des)governam não conseguiriam tirar nota 5 em uma prova de Fundamentos de Administração. Estão TODOS reprovados. Da presidente (é com "e", sem acento) aos prefeitos, passando por governadores, secretários e ministros.

Pela implantação de provas de conhecimentos para assunção de cargos públicos JÁ, mesmo os de confiança - porque, afinal, quem os paga somos NÓS.
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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Será que alguma entidade poderia defender o marketing?


E eles fizeram de novo! Quem? O Globo, claro! O que? Achincalharam o marketing mais uma vez.

E nesta, dando espaço a ninguém menos que a máfia dos proprietários de empresas de ônibus do Rio de Janeiro.

"PROJETOS DE MARKETING" como eufemismo para INFORME PUBLICITÁRIO, ou ANÚNCIO, em minha opinião, deveria ser proibido, uma vez que tanto anúncios como informes publicitários são formatos consagrados e definidos em tabelas de mídia como tipos, ou formatos, padronizados de inserção paga.

Do modo como aparecem, tais "projetos de marketing" não dão ao leitor a exata dimensão do que são, a quem se devem e qual o envolvimento do veículo na mensagem. E prestam um grande desserviço a quem estuda marketing, trabalha em marketing ou ensina o marketing.

Isto se agrava mais ainda mais no caso da Fetranspor - uma entidade que prima pela falta de transparência, pela exploração - com péssima qualidade - de um serviço público concedido, e por relações promíscuas com a mídia (já que é um "anunciante" frequente) e com os governos (do Rio de Janeiro e demais municípios da Região Metropolitana), novamente imersos em denúncias (desta vez pelo Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro) de processos licitatórios viciados.
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sexta-feira, 19 de julho de 2013

TRANSPARÊNCIA TRAZ-NOS NOTÍCIAS TRISTES.


É UMA VERGONHA saber - porque agora se cumpre o estabelecido há tempos, e os jornais apenas repercutem - que a Força Aérea Brasileira transformou-se em "linhas aéreas para políticos profissionais".

E às minhas, nossas custas. 

O que acontece com os "representantes" do povo brasileiro que não podem encontrar-se com o povo brasileiro? É uma febre de "seguranças", de áreas "privativas", de convescotes secretos... ou nem tanto, como este jantar da bancada do PMDB, em Brasília, que custou-me, custou-nos, 28 mil reais, e que o capitão da corja, Henrique Alves, classifica de "normal", "como sempre foi".

Não são só 20 centavos. 

É por isto que "o gigante acordou" e tem mesmo é que tomar o rumo do Distrito Federal.
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quarta-feira, 17 de julho de 2013

#GUILHOTINA_NOS_MANDATOS_JÁ_COM_ELEIÇÕES_EM_60_DIAS!


A corja de "políticos profissionais" continua no Kindergarten Brasília, brincando. Senão, vejamos:

1. Fim do voto secreto foi "aprovado" na CCJ do Senado, mas não tem previsão de entrar na pauta do plenário;

2. Corrupção, crime "hediondo", aprovado pelo Senado, mas não tem previsão de entrar na pauta da Câmara;

3. Votação dos 'royalties' do petróleo, assim como a reforma política, "ficou" para depois do recesso;

4. O Senado aprovou o projeto que estende os efeitos da Lei da Ficha Limpa a cargos comissionados e funções de confiança nos três Poderes, mas o mesmo não tem previsão de entrar na pauta da Câmara;

5. O plenário do Senado aprovou mudanças nas regras para escolha do suplente de senador, proibindo parentes, mas o mesmo não tem previsão de entrar na pauta da Câmara;

6. A PEC que facilita a apresentação de projetos de lei de iniciativa popular foi aprovada pela CCJ do Senado, mas o mesmo não tem previsão de entrar na pauta da Câmara;

7. A corja continua voando às nossas custas, nos aviões da FAB, e a única "regra transparente" é a comunicação de quem pediu e quantas caronas vão junto, não sendo preciso citar nomes.

NUNCA esses parlamentares, supra sumo de todas as mazelas do nosso sistema eleitoral, mudará o mesmo em seu prejuízo e de seus filhos, e netos.

Há dezenas de projetos de lei prontos, há anos - e de todos os matizes -, propondo reforma do sistema político-eleitoral brasileiro "na pauta" do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

O erro da gerenta foi não ter enviado o "seu", ANTES de seu pronunciamento no auge da crise, como fruto do ronco das ruas, e com tudo o que os melhores projetos contêm, informar seu "número de série" e dizer em rede de rádio e TV:

- Já enviei, HOJE, ao Congresso Nacional - por meio do parlamentar tal, da bancada do partido tal, um projeto de reforma política, aquilo que verdadeiramente está na raiz de absolutamente TODAS as reivindicações das ruas. Cobrem de seus deputados e senadores a celeridade em sua tramitação e aprovação, pois fiz a parte que me cabe neste processo.

Se Dilma tinha uma bala da agulha, ou uma bola na marca do pênalti, errou a pontaria. E isto vai custar-lhe caro. Aliás, vai custar caro a todos nós.
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domingo, 14 de julho de 2013

14 de julho - queda da Brasília velha.

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#‎GUILHOTINA_NOS_MANDATOS_PARLAMENTARES_JÁ‬! 

Antes tarde do que nunca é importante lembrar a data da Queda da Bastilha, 14 de julho, e propor o imediato fim dos mandatos dos chamados "políticos profissionais". Chega deles. Se alguém duvida de que sua ausência nos palácios nem será sentida nesta segunda-feira, aposte e não se arrependerá. Essa corja não fará falta alguma. Talvez até os nossos - péssimos - executivos; federal, estaduais e municipais - funcionem melhor...

A partir de 15 de julho de 2013 estão demitidos TODOS os 81 senadores (incluindo dois suplentes de cada um), 513 deputados federais, os milhares de deputados estaduais e outros dezenas de milhares vereadores, em todo o território nacional. Com esses parlamentares, estão guilhotinados também centenas de milhares de cargos de aspones, de confiança e de carreira; bem como suspensos todos os privilégios, verbas e subsídios relativos, pertinentes e impertinentes.

Cumprindo a lei que regula a vida de TODOS os trabalhadores brasileiros, suas excelências têm direito a um aviso prévio de 30 dias, prazo em que terão que organizar, para um próximo pleito, em 60 dias - ou seja, com 30 dias para esclarecimento e campanha gratuita (os "media" eletrônicos são concessões públicas) junto aos eleitores -, uma eleição para assembleia constituinte com 90 membros, 3 de cada um dos 30 partidos existentes no país, que elegerão as próximas legislaturas federais, estaduais e municipais para mandatos NÃO remunerados de representantes do povo, em cada município, estado e União - sempre com pelo menos 1 eleito (e no máximo 2) de cada partido, garantindo "parlamentos" de, no mínimo 30, e no máximo, 60 vagas '. Pré-requisitos: FICHA LIMPA e os mesmos necessários a adquirir um bem imóvel qualquer, a prazo, no Brasil - de acordo com a legislação em vigor.

Durante o mandato, de um ano, o novo parlamentar receberá mensalmente o valor de seu último ganho no mês trabalhado em sua profissão original, antes da eleição. Não haverá reeleição, sendo garantido a todos, após o exercício do mandato, retornar a suas atividades anteriores.

Como demonstraram as manifestações "sem" organização VERSUS as "com" organizações (CUT, CGT UNE), o país funciona bem com as instituições que criou em 500 anos de história. O que precisa urgentemente ser reposto é o verdadeiro estamento, a genuína casta que se agarrou às sinecuras do poder - o que hoje as manifestações (não eu) identificam como "políticos profissionais". Dou um formato apenas. Outros surjam, mas que se faça logo a vontade da cidadania brasileira, porque, senão, a nova Bastilha será a velha Brasília.

#‎POLÍTICA_É_EXERCÍCIO_DE_CIDADANIA_E_NÃO_PROFISSÃO‬!

#DESOBEDIÊNCIA_CIVIL_NAS_PRÓXIMAS_ELEIÇÕES!_TODO_MUNDO_VIAJANDO_ATÉ_CAXIAS_PARA_ENTUPIR_O_SISTEMA_DO_TRE_COM_JUSTIFICATIVAS!_É_PRECISO_ELEGER_NINGUÉM!
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sexta-feira, 12 de julho de 2013

AMANHÃ: GRANDE DIA! DAY ONE - ROAD SHOW DO O. C. I.

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VOCÊ, QUE SE INTERESSA POR COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL, considere-se convidado a participar do OCI - Observatório da Comunicação Institucional.

Neste sábado, 13 de julhor, de 9 às 12 horas, haverá uma apresentação - com café-da-manhã - na FACHA, campus Botafogo, visando angariar AMIGOS PARA SEMPRE da iniciativa - http://www.observatoriodacomunicacao.com.br/2013/07/road-show-do-observatorio-da.html.
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segunda-feira, 1 de julho de 2013

"NO AR": www.observatoriodacomunicacao.com.br !


1o. de julho de 2013. 

Cinco meses depois de iniciar suas atividades com este blog, o OCI lança a sua marca.

Criada pela Mediterrânea Propaganda e Marketing Integrado, da publicitária Lucila Komolibus, enfatiza três aspectos:

- ter uma identidade marcante e facilmente identificável;

- a abrangência global das preocupações relacionadas à comunicação institucional; e

- a intenção do OCI de ser reconhecido e útil em toda a comunidade de países lusófonos, pelo mundo afora, no que toca ao saber e ao fazer da comunicação institucional e das relações públicas.
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sexta-feira, 28 de junho de 2013

TRANSPARÊNCIA... relações-públicas entendem disso!


4 Rs das Relações Públicas Plenas: visibilidade ao alcance de todos.

Publicado, em junho, na “Littera em revista”, da Universidade Estácio de Sá, novo artigo de Manoel Marcondes Neto: “A tão demandada transparência nos negócios: uma proposta de relações públicas para uma questão transdisciplinar da administração”.

A publicação acadêmica é multidisciplinar e atende a pós-graduação e a pesquisa nas seguintes áreas: Administração, Direito, Engenharia de Produção, Gestão Ambiental, Jornalismo, Petróleo e Gás, Propaganda, Psicologia, Recursos Humanos e Sistemas – campos profissionais e de conhecimento a quem interessa o aporte de Relações Públicas.

Especialidade do campo da comunicação, no Brasil as relações públicas sempre foram tidas como uma coleção de serviços, para além do relacionamento com a mídia – sua especialidade no exterior. Além disso, a formação de profissionais da área privilegia uma abordagem holística da comunicação organizacional – condição propícia e ideal para a compreensão da questão da transparência nas organizações.

Todavia, isto não garante uma percepção completa dos benefícios de RP. Propõe-se, então, compreender relações públicas a partir de demandas muito conhecidas, não só de organizações, mas também de indivíduos necessitados de visibilidade: reconhecimento no meio social, estabelecimento de táticas de relacionamento com seus públicos de interesse, obtenção de relevância em seu segmento de mercado e construção de uma boa reputação. O objetivo do artigo é dar novo enfoque à questão tão atual da transparência, a partir de uma abordagem que o autor chama de “relações públicas plenas”.

Acesse o texto, na íntegra.
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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Continue andando. Brasília fica p'ra lá!


O monstro acordou e até o meu Yahoo News, agora, está "falando" presidenta... 

Vai p'ra Brasília, monstro! E mostra p'ros caras que resolveram mandar no Brasil lá de longe p'ra não perturbar o nosso sono, que a gente acordou... começou a andar... e agora vai perturbar só um pouquinho o sono deles. P'ra sempre!

Imaginário é coisa séria. Meus colegas das Teorias de Comunicação vivem de ensinar isto...

O mundo da propaganda, de pouco mais de um ano para cá, começou a tratar a Copa e o Brasil de um jeito diferente. Reparem, ou lembrem, algumas grandes campanhas recentes. Coca-Cola, Nike e FIAT "desenharam" layouts "sujos", como trabalhos de escola que, na mochila jogada no chão, não resistem à pelada depois da aula...

Papel "kraft", tipologia "handwriting", rabiscos, grafite, película "antiga", cores "terra" e muito uso de "steadicam" - numa fotografia que o cinema adotou para nunca mais largar... a câmera "solta" na mão, num movimento sutil e permanente, tipo "joguei o tripé fora". E ótimas trilhas, culminando com esse "rappa-simonírico" chamado: "vem p'ra rua - que a rua é a maior arquibancada do Brasil".

Vaticínio, é disso que se trata. 

Com preços estratosféricos e estádios "padrão FIFA", ou seja, suíço, o "sujo" torcedor brasileiro tem mais é que ficar "outdoor", na rua, fora da "arena" reluzente, torcendo na frente do telão.

"Ora, 'mon cher', 'le brésilien' passa a maior parte de seu tempo de lazer vendo TV... Chico Buarque - ele é um 'crack' - até já cantou que os meninos, 'au Brésil', se alimentam de luz... nem precisa do pão, basta o 'cirque' ('du soleil', CLARRO, 'avec' incentivos fiscais). Mas... QUERREMOS cerveja nos estádios, tá, SENHORRA presidenta? E só das marcas PARCEIRRAS, 's'il vous plaît'."

Com tanto tambor, acabamos acordando a moçada que antes dormia em berço esplêndido - a geração Coca-Cola que jogava bola na lama e se contentava em balançar do lado de fora dos ônibus, na periferia, ou praticando "surf" ferroviário. Lula colocou o povão p'ra dentro. Lá dentro encontramos 300 picaretas e mais de 40 ladrões. E o povo agora quer botar os políticos - que é quem paga p'ra gente ficar assim - p'ra fora. É isso aí! Propaganda, competente como a brasileira, funciona!

#REFORMA_POLÍTICA_JÁ!
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domingo, 23 de junho de 2013

Categoria unida pela #REFORMA_POLÍTICA_JÁ!

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O Sistema Conferp-Conrerp deve marcar posição junto à OAB e outras entidades profissionais pela medida que é a resposta para a grande maioria das questões que a nação brasileira trouxe para as ruas: #REFORMA_POLÍTICA_JÁ!

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

30 partidos políticos. E 1 impasse.

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A presidente é um poste, o governador de SP é outro, o prefeito idem. Foram eleitos "no lugar de alguém". E os postes estão se revelando nesta crise.

Alckmin e Haddad já deram seu lamentável espetáculo "solidário na dor" da entrevista concedida, juntinhos, como PT e PSDB jamais se deixaram fotografar antes...

E Dilma podia ter começado a virar o jogo na fala de hoje, "no intervalo do Jornal Nacional", mas não o fez. Não mencionou uma ação - retórica que fosse -, a única coisa que sintetizaria começar a atacar tudo de ruim porque os sinos dobram, nas ruas: a reforma política.

Transporte, saúde, educação, segurança e justiça são um lixo no Brasil em razão do modo como a política foi conduzida até aqui, com chicanas, arranjos e "saídas", coalizões e frentes que nunca atenderam a qualquer lógica de ideias e propósitos.

O que prevaleceu? O balcão de negócios. Sarney barganhou um ano de mandato. Collor deu no que deu. Itamar foi a exceção - aquele que não enriqueceu na política. FHC barganhou a emenda da reeleição - o mensalão começou ali. Lula terminou de mastigar e cuspiu o partido que fundou "na mesa de negociação" que agora pede, mas que não mais existe na sociedade complexa da internet.

A mesa de negociação dos tempos da Volks de São Bernardo é brinquedo de criança diante da turba de jovens sem perspectivas num país rico onde se reproduz a lógica perversa do 1% VERSUS 99%. Nesse 1% estão os políticos profissionais. E suas ideias não correspondem aos fatos...

Moral da história: esse estado estupefato de coisas vai perdurar. Zuccotti Park e Tahir ficaram ocupadas por meses. A ver. Mas não acredito que os postes darão solução ao impasse. Exatamente como lá não deram, aliás.
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DORME, BRASIL!

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Assim reagem a mídia e os políticos profissionais, esperando que após uma noite "de 'bons' sonhos", acabe o pesadelo da abertura da panela de pressão da feijoada geral que sempre fizeram com "miúdos" de povo que só apareciam na hora de - obrigados - votar.

Chico Pinheiro acaba de encerrar a edição de hoje do "Bom Dia, Brasil" sorrindo e dizendo: "hoje é sexta-feira, vida que segue". Vamos ver se a massa "Sem Controle" - como publicou O Globo hoje, na capa - vai parar para "o descanso semanal" como pede a prece fervorosa dos que têm poder - e muito a perder - com os brasileiros ameaçando a realização da Copa do Mundo.

A Copa das Confederações é evento que foi criado pela FIFA - que sempre se achou mais importante, e poderosa, e rica, que a ONU - para, justamente, "testar" as condições do evento que esse sim, é "para valer". Em termos de esporte? Que nada! Em termos de dinheiro! Só. Quem duvida que o Brasil vai ser campeão, assim como a França o foi quando a Copa lá aconteceu? O futebol deixou de ser um esporte há muito tempo.

Não dorme, não, Brasil! Nossa economia está 100 anos atrasada - baseada em exportação de soja (há cem anos atrás era café), exportação de minério de ferro (cujo 'container' vale menos que um 'container' cheio de... bananas, fabricação de automóveis (a Ford, do modelo T, já tem 110 anos, é de 1903), e em petróleo... continuamos a ser o cassino do mundo, pagando 8% ao ano de juros (EUA e Alemanha estão praticando juros negativos!) e os políticos têm uma pauta - nas Câmaras Municipais de Vereadores, nas Assembleias Legislativas estaduais, no Senado e na Câmara Federal - que nada dizem aos 99% de brasileiros das classes B, C, D, E, F, G, H. A classe "A" (1%) manipula votações, emendas, verbas e coloca seus lacaios, apaniguados, empregados e laranjas para representá-las em Brasília... lá... "bem longe" do Brasil.

Pelo fim da política como "profissão". Pelo fim da aposentadoria a parlamentares. Parlamentar tem que trabalhar por causa e receber um salário de 4 dígitos e se tornar executivo (prefeito, governador e presidente - também ganhando até 9.999 reais - que tem que ser o teto do cargo público no - ainda miserável - país chamado Brasil) por consequência. Pelo voto e não pelo poder econômico! Pela reforma política, já! Nem um desses 30 partidos existentes no Brasil me representa. Não voto mais em nenhum deles.

Recebo uma mensagem de amiga jornalista, no Facebook, em comentário ao texto acima, lá postado:

- Eu nao sei onde você conseguiu enxergar uma crítica à manifestação na frase de despedida do Chico e na manchete de O Globo. Teoria da conspiração.

Sim, teoria dela. Minha réplica:

Não enxerguei isto não. E gosto do Chico, pessoa e profissional - dos poucos que pode incluir cacos em suas falas. Não acredito em teorias da conspiração, mas estou escrevendo uma crônica baseada em textos jornalísticos sobre a Síria, em que substituo "Síria" por "Brasil". Há 3 anos atrás, EUA e Europa recebiam Assad e a imprensa escrevia "o presidente da Síria, Bashar al-Assad", como já fizera com seu pais, em loas, "o presidente da Síria, Haffez al-Assad". O que mudou. A crise é interna? Ora, toda crise é interna. Daqui a pouco EUA e Rússia estarão discutindo quem manda armas para quem. E você sabe de que lado estaria o mocinho Obama - o dos "insurgentes", da oposição - e veríamos os "baderneiros" recebendo armas para tirá-lo do palácio, para retirar o Haddad do palácio. A multidão é anti-palácio, porque lá estão os poderosos que drenam a nação rica que o Brasil, há muito tempo. Hoje o Iraque é pó. Este é o resultado da "pax americana". Este é o resultado da guerra ao terror de Bush, que Obama só fez agudizar.

Outro colega "global" continua o "tópico":

- Teoria da conspiração total. Já dizia o grande Tom Jobim: no Brasil, o sucesso é ofensa pessoal. É o preço que se paga pela liderança. 

Minha tréplica:

Liderança em alienação. Liderança em edulcoramento. Liderança na omissão. Liderança na manipulação. Liderança no "lobbying". Tudo isso com muita qualidade artística, técnica, comercial e jornalística. O dano que isto causa, lembra-me, sempre, o "slogan" da chapa que concorreu ao Centro Acadêmico de um faculdade de Comunicação: "Adorno não é enfeite". 

O modelo - com todos os defeitos - que ainda vale para o Brasil (pelo tamanho do território e da população) é o dos EUA. A legislação da FCC devia ser a base da reforma do marco regulatório da comunicação eletrônica (rádio e TV ) no Brasil (embora ela também esteja sendo sitiada nos EUA).

O mercado publicitário tem que irrigar 3 ou 4 redes de comunicação. É preciso diversidade. Não conseguimos ocupar nem a meia hora diária que a legislação acabou de entregar às produções brasileiras. Falta dinheiro circulando e a publicidade é a fonte. A propriedade cruzada também é indefensável, bem como a "laranjada" que põe políticos no comando (oculto) à frente de "órgãos de imprensa"; esses os verdadeiros autores da derrubada da exigência do diploma para o exercício profissional do jornalismo. Só empregam amigos, apaniguados, parentes. Para disputar eleições.
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