domingo, 3 de março de 2013

Adorno não é enfeite... (*).

>
Só no Brasil se dá o monopólio da comunicação (mancomunada com o poder, sob qualquer cor partidária) como predisse Orwell, em sua ficção "1984".

A legislação de 1962 está podre de velha. É do tempo em que nem existia a expressão "marco regulatório"...

A tese de quem detém o monopólio das mentes (porque possui o da propaganda: dos anunciantes e das agências) contra qualquer regulação é confundir liberdade de expressão (um atributo primordial do jornalismo... e da democracia) com liberdade de produzir entretenimento (que é o que fazem com 90% do tempo e do espaço) de baixíssimo nível cultural, desrespeitando completamente o que está escrito na Constituição Federal em seus Artigos sobre "Comunicação e sobre Cultura".

O Ministério da Cultura nem um partido quer, porque não tem dinheiro e significa moeda de troca para arranjos políticos, mas o Ministério das Comunicações (que cuida de antenas, tomadas e cabos), o PMDB não larga desde ACM.

Enquanto jornalistas, publicitários, relações-públicas, radialistas, cineastas não tomarem a comunicação como um tema seu, uma legislação que lhe interessa diretamente, viveremos nesse bárbaro meio e lá por 2030 estaremos brandindo clavas diante de telas de 100 polegadas...

(*) Nome de uma chapa que certa vez concorreu ao Centro Acadêmico da Faculdade de Comunicação Social da UERJ.
>

Nenhum comentário: