sexta-feira, 25 de julho de 2014

Precificação de serviços... tarefa complexa.


Preços variam muito. Dizem... até... dependendo da "cara do freguês"...

De modo geral, em relações públicas, um trainee (com até dois anos de formado) pode cobrar 50 reais a hora de trabalho - seja num planejamento, seja numa operação (de evento, campanha, conteúdo para portal na web).

Já para alguém "júnior", 75 reais/h; "pleno": 100 reais; e "senior" 200 reais. 

Em um mundo ideal, essas cifras seriam calculadas, mesmo no Brasil, em dólar (que é o que praticam as consultorias de grande porte, aqui - eu já trabalhei em três dessas empresas). Ou mesmo em euros, se o serviço for estratégico. 

Há casos em que se pode ganhar mais, mas isso dependerá muito do cliente. E sempre há a possibilidade de fechamento de "pacotes", quando se quer o consultor em bases mais permanentes. Aí o valor não é mais contabilizado em horas - pois ficaria muito caro - mas em semanas alocadas ou meses; e com "preço fechado" - um "job").

Pode-se prestar serviço como autônomo (registrando-se na prefeitura como pessoa física), MEI (micro-empreendedor individual) ou empresa limitada (agora sob o SIMPLES). 

Evite-se o termo "consultoria" na razão social, se for criar empresa. O Sistema CFA-CRA acha-se "dono" da palavra. Parece absurdo - e é - mas muita gente (inclusive eu) já perdeu tempo com isto... em vão.

O registro profissional em Conselho nada tem a ver com o formato da cobrança por serviços. 

A prefeitura tem uma classificação de prestadores de serviços autônomos (para emissão de RPA) que não é, necessariamente, coincidente com a legislação do trabalho ou a legislação fiscal. Por isso, aliás, o Brasil é dos últimos países no ranking da pesquisa "Doing Business", ano após ano. 

O contador, sim, é quem pode ajudar a verificar a melhor forma, em cada localidade sede da prestação do serviço. Afinal, há regramentos estaduais e municipais especiais que fazem incidir alíquotas diferenciadas ou até isenções fiscais! É o caso de Barueri com o leasing, por exemplo. A cidade aprovou uma legislação sobre este tipo de empresa que fez com que TODAS as empresas de leasing tivessem sua sede naquele município! 

É o tal do "cipoal fiscal" que nem um governo atreve-se a desvelar neste país.

Mas há que formalizar-se e no Brasil, com todos os percalços e demora, o custo e o tempo estão baixando. A dificuldade não nos deve desanimar.
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