quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Gratidão. A palavra não pode ser outra.


Às Relações Públicas, à minha orientadora Margarida Kunsch, e ao Versátil RP.

Às Relações Públicas, por terem entrado na minha vida há 40 anos (em 1976 eu estava me inscrevendo em dois vestibulares - o da FUVEST e o da Cesgranrio, ambos para RP);

À eterna mestra por entronizar-me no que ela chama de 'artesania intelectual';

Aos amigos errepês - cúmplices na paixão pela área - do Versátil RP, por contar essa história, essa efeméride, a todo o pessoal que faz o sucesso de audiência do site.

Valeu!

E que 2017 - 50 anos da nossa querida profissão - seja bom, feliz e produtivo para todos!
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

ONTEM, 11 de dezembro, a Lei 5.377/1967, que regulamentou a profissão de relações-públicas, completou 49 anos.


MUITAS ocupações (mais de 2.400 constantes do CBO - Catálogo Brasileiro de Mão-de-Obra, do Ministério de Trabalho) vêm lutando por regulamentação semelhante, há anos, no Congresso Nacional.

NÃO FAZ sentido que em um ambiente de complexidade como o que vivemos, e com cenários tão vertiginosamente mutantes, dispensemos a institucionalidade de nossa âncora legal.

RP: registre-se no Conrerp de sua Região. E comemoremos os 50!

Há quem diga que a nossa lei 'está velha'... Discordo veementemente!

E se dizer isso no meio acadêmico é desserviço, desestímulo e manipulação, no meio de negócios é prova de amadorismo, ignorância ou má-fé.

Uma sociedade desenvolvida é uma sociedade institucionalizada, e instituições baseiam-se em tradição, costumes, cultura, história e... leis... que, afinal, são o fundamento da democracia.
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sábado, 29 de outubro de 2016

Sobre o mercado para relações-públicas. Vale a pena relembrar o debate.


"ABERTURA" ou "FLEXIBILIZAÇÃO" da concessão do registro profissional de relações-públicas a não formados em RP, ou ainda, "ATUALIZAÇÃO" da Lei 5.377/1967 - são parte do passado, com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o bacharelado em RP, independente e autônomo - em vigor há um ano.

NOSSA LEI é ótima, concisa e objetiva. TEMOS, sim, que conquistar - com COMPETÊNCIA - o lugar da nossa formação-profissão no mercado.

MAS... vale a pena REVER O DEBATE.

SEGUE O MEU TEXTÃO À ÉPOCA DA POSTAGEM ORIGINAL [com atualizações]...

SOBRE INSTITUIÇÕES. Para aqueles que já ultrapassaram a dificuldade - real - de compreender o que é a tal da comunicação institucional, principal valor, disciplina e sustentáculo da profissão de relações-públicas no Brasil:

INSTITUIÇÕES - repito isto há muitos anos, em aulas, palestras, bancas examinadoras, livros e vídeos - não são paredes de tijolo e massa (como as da Catedral da Sé, as da UFRJ e as da USP), ou de concreto, aço e vidro (como as da Catedral de São Sebastião ou as da UERJ). Instituições não são plantas industriais (como as da CSN e Nestlé), frotas de aviões ou caminhões (como as da Gol e da Itapemirim), ou redes de lojas (como a Casas Bahia ou Ponto Frio). Instituições não são nem sistemas-ambiente como Google e Facebook.

MARCAS, como as mencionadas acima, DESIGNAM organizações - que podem vir a tornar-se instituições (cito como fonte, aqui, a grande obra "Feitas para durar", de Collins & Porras, 1994). Designam, sim, organizações, mas também NÃO O SÃO, igualmente, os seus prédios, suas fábricas e seus equipamentos.

ORGANIZAÇÕES (e instituições), são, sim, PESSOAS reunidas sob um objetivo comum. Esta é a primeira lição dos cursos de Administração. E por isso a "gestão de pessoas" tornou-se, hoje, uma disciplina-chave da área. Trata-se de atrair e reter talentos, pois tais PESSOAS são também o centro de outro termo muito repisado na atualidade - a INOVAÇÃO. A permanência das pessoas e, também, de visão e valores (a missão costuma mudar mais frequentemente) depende unicamente de GENTE.

SE A EMPRESA Chocolates Kopenhagen existe desde 1928, é porque pessoas assim o quiseram. De seus fundadores aos atuais proprietários da marca, passando por gestores, "gourmets" e funcionários - todos foram - e são - responsáveis por reconhecimento, relacionamento, relevância e reputação dos produtos e serviços da empresa em seus quase 90 anos. E é de se supor que a solidez buscada e mantida por todos que compõem a organização possa levar a Kopenhagen a mais 90 anos de trajetória. Isto faz a diferença. A ponto de podermos afirmar que a Chocolates Kopenhagen era [era, sim, porque teve o controle, recentemente, assumido por capital estrangeiro] das poucas organizações genuinamente brasileiras que - não sendo do Estado - alcançaram o patamar de uma "instituição".

MAS ESTA É OUTRA HISTÓRIA... que Jim Collins manteve-se contando em seus - também ótimos - "Feitas para Vencer, 1998" e "Vencedoras por opção, 2012". A questão, aqui e agora, relaciona-se com a nossa profissão e área de formação, as Relações Públicas.

RECONHECIDAS em todo o mundo por constituírem práticas "de ponta" em TODAS as esferas (pública, privada e do terceiro setor), no Brasil, "por opção" (citando Collins), as RP foram objeto de uma aglutinação de idealistas (ABRP, 1954) tão vencedora que guindou a instituição, aos seus - apenas - 12 anos de vida, a constituir-se base para a criação do Sistema Conferp-Conrerp, dando-nos a condição de profissão regulamentada - algo que muitos querem mas que, sem "corpus" institucionais (pessoas aglutinadas, interessadas, apaixonadas, dedicadas, obstinadas) claudicam no Congresso Nacional há anos. Algumas, há décadas ("lobbying", por exemplo, vaga penando desde 1978).

FUI APRESENTADO, na 1a. Região (estado do Rio de Janeiro), à estratégia estabelecida pelo Conferp [de então] para tratar da famigerada "flexibilização da concessão do registro profissional de relações-públicas a não bacharéis em RP". Respeito - porque elegi, regional e nacionalmente - aqueles que estão com o "pulso" da área na ponta dos dedos, mas discordo diametralmente do encaminhamento proposto - o qual coloca em alto risco a manutenção da profissão regulamentada num momento em que o próprio MEC retira as amarras que inspiraram a Carta de Atibaia, tornando-a, ela sim, ultrapassada. [Era 2013 - e as novas DCNs haviam acabado de sair, com prazo previsto para implementação em 2 anos - ou seja, setembro de 2015].

LEI É PARA SER CUMPRIDA. E por GENTE que vê valor nisso. Lei não precisa ser "nova", como ouvi na tal reunião. Nesse caso, "antiguidade" é valor; a constituição dos Estados Unidos tem mais de 200 anos e funciona. A do Reino Unido, então, tem 4 vezes esse tempo - funcionando melhor ainda que a estadunidense. E não é pecha NOSSA ter sido criada na ditadura - como também ouvi. Na ditadura foi criada a maioria das profissões regulamentadas do país, inclusive as de jornalista, publicitário e administrador. Nossa origem é, sim, a ABRP - em 1954!

NÓS, ERREPÊS, precisamos nos posicionar URGENTEMENTE quanto a isto. A omissão - marca maior de nossa categoria (o que tem levado a chapas únicas nas eleições para Conselhos Regionais e Federal, sempre criadas com muita dificuldade, em todo o Brasil) é a fonte desse estado de coisas - e justamente no ano em que se completam 100 anos da atividade!

AS FORÇAS LEGÍTIMAS que vêm, não do topo, mas da base do edifício da nossa área - cada vez mais reconhecida como "de elite" no contexto organizacional - precisam posicionar-se e trabalhar para evitar um fim melancólico, por inanição, ou desuso - para citar Lamarck (como, aliás, citei numa das audiências públicas - cujo vídeo está acima). Seria mais digno "plebiscitar" os registrados, censitariamente, pela manutenção ou extinção da profissão regulamentada... sobretudo se é verdade para a maioria o que também ouvi, ontem - que os registrados o são SOMENTE por que é obrigatório. [Isto foi feito na gestão de Flávio Schmidt e o resultado foi um empate técnico MAS com uma adesão ao levantamento que permitiu considerar inconclusivo o tema. A gestão seguinte permaneceu na (em minha opinião) falsa questão e foi levada - pelo ambiente geral dos profissionais registrados - a abandonar o assunto - até porque, durante o período daquela gestão, a Comissão de Especialistas do MEC expediu - setembro de 2013 - as novas DCNs].

MINHA POSIÇÃO INDIVIDUAL - e "institucional", no O.C.I. (do "alto" de seus [hoje, quase 5 anos de vida] é pela manutenção de tudo como está e pela assunção dos Conselhos Regionais e Federais por PESSOAS realmente interessadas em trabalhar por aquilo que são e que se esforçaram para ser, relações-públicas, e não por interesses de terceiros. [Isto veio a ocorrer nas eleições de 2015 - e todo o Sistema Conferp-Conrerp sofreu uma renovação, com pessoas alinhadas à ideia de não "flexibilização" ou "abertura" do registro de RP a não formados em RP ou, ainda, à ideia de "atualização" da lei - algo que só é proposto por quem não conhece os meandros - as manhas e manias - do Poder Legislativo brasileiro].
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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

DEPOIS DA DAMA DE COPA (do mundo), CAI O REI DE (cara de) PAU.

(1) Em 13 de setembro de 2015, dei como certa a queda de Dilma Rousseff (http://marcondes-at-blog.blogspot.com.br/2015/09/providencie-lencos-de-papel-para-o.html) a partir de uma notícia, na imprensa: a 'CEF' acionara a Justiça por 'saques da União a descoberto'.

Como se sabe, o jornalismo tem essa peculiaridade de transformar um dado comezinho em fato universal. Henfil ensinou-nos que algo aconteceu de verdade porque 'Deu no New York Times'.

Richard Nixon caiu porque absurdos da política (que acontecem cá como lá nos EUA, de forma oculta) foram parar nas páginas do jornal 'Washington Post'.

A personagem 'pública' de Julia Roberts no filme 'Nothing Hill' diz, a um atônito 'anônimo', vivido por Hugh Grant, que '... para pessoas públicas, essas fotos estarão lá para sempre...' comentando a imagem - publicada - deles, juntos.

(2) Pois bem, com a notícia da delação premiada de Sergio Machado, dei como certa - em 17 de junho de 2016 - a queda de Michel Temer. Quem pede recursos - na política - mesmo os 'contabilizados', sabe que tal dinheiro vem de 'gorduras' em contratos públicos.

Doadores PJ, simplesmente, não retiram parte de seus lucros para fazer política cidadã. Querem-nos de volta em contratos, aditivos, 'obras emergenciais sem licitação pública' etc.

O Brasil organiza - e é bastante caro - eleições a cada dois anos. Este ano, teremos eleições - hora mais que certa para incluir no pleito a escolha popular para a presidência da República.

(3) Como os processos no Brasil são lentos, minha escrita de setembro de 2015 - referente à queda de Dilma - concretizou-se somente em setembro de 2016, com a sua destituição por 'impeachment'.

(4) E o que publiquei em junho de 2016 - referente à queda de Temer - concretiza-se no noticiário de ontem, n'O Globo (P. 12), e diz respeito ao - evidente, desde sempre - abuso de poder econômico que reelegeu a chapa Dilma-Temer em 2014. Os gastos com gráficas (de fachada) não puderam ser comprovados pela Justiça Eleitoral à proporção astronômica de 80 em cada 100 reais e, ainda assim, 'com inúmeras inconsistências', conforme noticiado. E trata-se de uma rubrica que consumiu nada menos que 77 milhões de reais (atualizados ao valor de hoje).

O desrespeito ao dinheiro do contribuinte e ao 'fair game' eleitoral são flagrantes delitos e a chapa Dilma-Temer tem que ser, por isto, impugnada - com a consequente destituição do Sr. Michel Temer do cargo de presidente da República Federativa do Brasil.
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sábado, 15 de outubro de 2016

Paciência - que lá vem textão:

Provocado - ontem - por meus pares relações-públicas Firmo Neto, Luciana Hage, Cristian Alves e Damares Braga Nunes em um tópico no Facebook, quanto à utilidade / efetividade da profissão regulamentada sob Conselhos Regionais e Federal, digo-lhes - conclamando a todos os colegas bacharéis em RP:

1) Quem faz os Conselhos Profissionais, como acontece com toda e qualquer organização, são pessoas. Uma vez unidas essas pessoas em torno dos objetivos comuns de (I) divulgarmos as nossas causas de (a) relacionamento com públicos-chave e (b) comunicação pública responsável tecnicamente, (II) sermos considerados relevantes socialmente - como acontece em todo o mundo, e (III) exercermos funções absolutamente necessárias para toda e qualquer boa governança, ficaremos fortes - tanto os profissionais quanto os nossos Conselhos - Regionais e Federal;

2) Se no passado, e até aqui, o Sistema Conferp-Conrerp não funcionou bem, não nos atendeu em um reclamo, não fiscalizou como deveria o mercado, não defendeu a profissão como se esperava, é preciso debitar tais mazelas ao passado, acreditar nas gestões que renovaram absolutamente os quadros em todo o país este ano, e dar um voto de confiança na recuperação da entidade máxima da profissão e, consequentemente, com ela, a todos nós, profissionais de RP formados em RP;

3) Todas as profissões regulamentadas - são pouco mais de 60 em mais de 2.500 ofícios listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego - funcionam assim: quem 'banca' a estrutura de defesa e fiscalização são os próprios profissionais. Diferentemente do que muitos pensam, não há qualquer aporte externo de verbas, público ou privado. Todo Sistema de Conselhos sobrevive de registros, anuidades e, eventualmente, de doações (que, no Brasil, infelizmente, não são uma tradição) e, por ser autarquia federal de regulação e fiscalização profissional, submete-se ao controle do TCU - o que é um atestado de gestão financeira idônea - sob pena de conselheiros inidôneos serem inscritos na Dívida Ativa da União;

4) Precisamos sim, elevar o nível de transparência, mostrando - publicamente, com nossos balancetes mensais e balanços anuais, acompanhados de relatórios de gestão (como fizemos no Conrerp1 entre 2010 e 2013) - a real situação financeira de cada Região - que nada mais é que o 'retrato' do conjunto dos profissionais sob cada jurisdição. Não existe, assim, valor 'caro' ou valor 'barato' (para registros, anuidades e multas) a priori. O que há, de fato, é a constatação de nossa presença - ou de nossa omissão.

5) Minha proposição única - como profissional, independente do fato de neste mandato estar assessorando o Conferp (voluntariamente, sem quaisquer ônus ou bônus) - para este mandato (2016-2017-2018) de todo o Sistema é insistir nessa tecla: "Profissão respeitada se faz com profissionais engajados. Antes, registre-se no Conrerp de sua Região. E participe. Depois, cobre".
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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

DIA INTERAMERICANO DE RELAÇÕES PÚBLICAS muito comemorado!


26 09 2016: Pela manhã, 'hangout' - junto a colegas e ex-alunos - na FAPCOM / São Paulo; à noite, debate - junto a colegas e ex-alunos na FACHA / Rio de Janeiro - representando o Observatório da Comunicação Institucional.
 

BEM FELIZ!
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domingo, 18 de setembro de 2016

OU VAI OU RACHA!

OU OS JOVENS estudantes e recém-formados bacharéis que escolheram a - apaixonante - formação Relações Públicas "tomam" para si os Conrerps - registrando-se - ou a nossa bela (e regulamentada) profissão está com os dias contados.

A minha geração (dita "X") não conseguiu mudar as coisas nefastas anteriores (da geração "Baby Boomer").

A mudança, pois, está com os "Y" e os "Z".

Sobre "gerações": http://www.slideshare.net/marcondesneto/costumes-versus-geraes-13714081.
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sábado, 20 de agosto de 2016

E o esperado aconteceu.

Milimetricamente de acordo com o planejado. O gringo nadador infanto-bagunceiro, metido numa confusão criada por ele mesmo no Brasil, contratara um especialista-fera em crises de imagem - um RP - coisa mais que comum nos EUA, onde nasceu a atividade... 
E o especialista contratado arquitetou rapidamente a ação de limpeza de barra de seu cliente, no limite das possibilidades: uma matéria para o Jornal Nacional (nem pensar noutro programa ou em outro canal), anunciada, como o foi, matéria derradeira sob a chamada 'Ryan Lochte, exclusivo, esclarece o que aconteceu e pede desculpas ao Rio de Janeiro e aos brasileiros'. 
Tudo foi detalhadamente executado; da cor do bem comportado cabelo à vestimenta, do tom de voz à altura do olhar, da postura humilde-descolada ao 'I am sorry' ensaiado ao final. O JN abriu a matéria mostrando o atleta-palhaço-arrependido chegando à sede da TV Globo acompanhado 'de seu novo assessor de imprensa'. 
Sabe quando a Redação da Globo vai chamar o RP de RP? Never! 
Como sabemos, enquanto na terra do Tio Sam, RPs cuidam apenas de 'media relations', aqui a jabuticaba 'assessoria de imprensa' é feita por coleguinhas-jornalistas em desvio de função (alimentando de 'stories' para os coleguinhas-na-função 'to tell'). 
O que é igual, aqui e la'? 
Traficar influência e obter da imprensa um determinado resultado esperado, ensaiado e muito bem pago (não em dinheiro, mas em matérias que deem audiência ao 'medium' escolhido) 'exclusivo' - como foi o caso. A direção de jornalismo e o reporter escolhido fazem seu papel - de 'escada' (claro que cabera' exclusivamente ao 'cliente' escala'-la). E a edição - coração e cérebro da coisa toda - entrega a matéria-limpeza-de-barra pedida e muito bem paga (a assessoria, bem entendido); e detalhe: exclusivamente voltada à audiência da Globo (que repetira' a matéria à exaustão - e isto também ja' esta' quantificado previamente) e a certos 'ouvintes' globais. 
Localmente, Ryan 'the monster of Mess' - como retratado por um jornal-tabloide estadunidense - continua alimentando sua fama... de bobo mimado e infantil, o que lhe rende alguma 'carreira' post-aposentadoria (tempo que ja' chegou para ele na natação).
E vida que segue na 'crise' de amanhã...
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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

#585858

TEMPOS DE INTERREGNO. 

'De maneira pendular, nós vamos da ânsia por mais liberdade à angústia por mais segurança. Mas não podemos ter ambos em quantidade suficiente... A tolerância e o respeito às diferenças e a democracia são dois lados da mesma moeda e seus destinos são inseparáveis. A crise de um é, simultaneamente, a crise do outro. Democracia sem tolerância é um oxímoro, enquanto democracia com tolerância e respeito é um pleonasmo... Não podemos continuar como antes, mas os novos caminhos são, na melhor das hipóteses, rascunhos'. 

Trechos do novo livro, 'Babel - entre a incerteza e a esperança', de Zygmunt Bauman, sociólogo polonês - de 90 anos - que, para mim, é a personificação do que seja um filósofo. 

Seu pensamento reflete, com precisão, o meu sentimento neste aniversário.
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sábado, 23 de julho de 2016

4 Rs em 22 minutos. Teleaula de Marcondes Neto sobre seu composto de RP Plenas.

Há 4 anos e 4 meses Ciro Bottini emprestava seu talento aos 4 Rs das Relações Públicas Plenas. Teleaula em 22 minutos.

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domingo, 26 de junho de 2016

ROBBER BARONS revisitados, e ainda bem vivos no Brasil do século XXI...

... OU... AS SETE PRAGAS DO APOCALIPSE BRASILEIRO:

1) Todos os políticos eleitos (e não eleitos) pelo sistema atual, e todos os partidos políticos que aderem às regras corrupto-eleitorais atuais;

2) Todas as empreiteiras do país, desde a 'era do milagre'. Aliás, verdadeiro milagre é o país ainda existir pós-Odebrecht, OAS, Constran, UTC etc.;

3) Todas as operadoras de telefonia, de TV a cabo, e de internet - as quais fingem aceitar os marcos regulatórios mas, na justiça, os (e nos) solapam;

4) Todas as agências (des)reguladoras - criadas sob marcos 'arenosos' e antinacionais - veja-se os casos atuais da Oi e da Cedae, cujo patrimônio (da União e do estado do RJ, ou seja, nosso), será doado a 'investidores';

5) Todos os bancos e instituições financeiras que operam a usura oficial do país - cobrando spread (+ juros) de 450% ao ano e pagando apenas 10%;

6) Todas as nossas 'autoridades monetárias' - as quais só existem para criar regulamentos 'legais' que preservem a banca, a dívida pública, e os juros;

7) Todos os servidores públicos 'estáveis' - que fazem de todos os serviços públicos um lixo. As poucas exceções existem para confirmar esta regra.
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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Contra fatos noticiados não há mais argumentos privados.

Em 13 de setembro de 2015, dei como certa a queda de Dilma Rousseff (http://marcondes-at-blog.blogspot.com.br/2015/09/providencie-lencos-de-papel-para-o.html) a partir de uma notícia, na imprensa: a 'CEF' acionara a Justiça por 'saques da União a descoberto'.

Como se sabe, o jornalismo tem essa peculiaridade de transformar um dado comezinho em fato universal. Henfil ensinou-nos que algo aconteceu de verdade porque 'Deu no New York Times'.

Richard Nixon caiu porque absurdos da política (que acontecem cá como lá nos EUA, de forma oculta) foram parar nas páginas do jornal 'Washington Post'.

A personagem 'pública' de Julia Roberts no filme 'Nothing Hill' diz, a um atônito 'anônimo', vivido por Hugh Grant, que '... para pessoas públicas, essas fotos estarão lá para sempre...' comentando a imagem - publicada - deles, juntos.

Pois bem, com a notícia da delação premiada de Sergio Machado, dou como certa a queda de Michel Temer. Quem pede recursos - na política - mesmo os 'contabilizados', sabe que tal dinheiro vem de 'gorduras' em contratos públicos.

Doadores PJ, simplesmente, não retiram parte de seus lucros para fazer política cidadã. Querem-nos de volta em contratos, aditivos, 'obras emergenciais sem licitação pública' etc.

O Brasil organiza - e é bastante caro - eleições a cada dois anos. Este ano, teremos eleições - hora mais que certa para incluir no pleito a escolha popular para a presidência da República.
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quarta-feira, 18 de maio de 2016

MEDITERRÂNEA INFORMA: o relações-públicas, professor e consultor Manoel Marcondes Machado Neto está satisfeito.

MEDITERRÂNEA INFORMA: o relações-públicas, professor e consultor Manoel Marcondes Machado Neto está satisfeito.

Em suas próprias palavras:

- Consegui, após muitos anos de estrada, trazer - para uma só equipe - uma administradora, três jornalistas e uma publicitária, a fim de trabalharmos - juntos - a integração da comunicação de nossos clientes atuais e futuros, o que se convencionou chamar de 'comunicação total' ou ‘comunicação 360 graus’, unindo de forma balanceada a comunicação interna, a comunicação institucional e a comunicação de marketing. E tudo isto, a baixo custo.

Isto acontece agora, exatos 30 anos depois de Margarida Kunsch demonstrar ao Brasil o alcance da ‘comunicação integrada’ praticada nos países desenvolvidos desde a década de 1970. E o grupo de profissionais, cada um à frente de sua própria empresa, ainda conta com uma MEI de relações-públicas no atendimento, totalizando sete pessoas sob o 'Coletivo Umbrella', iniciativa típica da economia solidária para este tempo de indústrias criativas.

Conheça:
Divulgação: Lucila Komolibus.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

A piada do século XXI.


A notícia, publicada n'O Globo de hoje, entrega a (des)graça da piada já no título: 'Cresce debate sobre status econômico chinês'...

Quando, em 2008, o Brasil reconheceu a China como uma 'economia de mercado', este escriba manifestou-se (veja aqui). Agora, também.

Como 'reconhecer' jornadas extenuantes? Como 'reconhecer' trabalho análogo à escravidão? Como 'reconhecer' o uso da mão-de-obra infantil? Como 'reconhecer' salários de fome? A minha resposta: não dá para 'reconhecer'. Vide o relato perfeito da situação feito no documentário 'China Blue', de MIcha X. Peled (2005),

A piada - http://extra.globo.com/noticias/economia/cresce-debate-sobre-status-economico-chines-19312250.html
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quinta-feira, 12 de maio de 2016

CONVERSANDO SOBRE RELAÇÕES PÚBLICAS.

Um papo bacana com Ariane Feijó, da TodoMundoRP, na Cásper Líbero (São Paulo). 


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quarta-feira, 11 de maio de 2016

TRANSPARÊNCIA ATIVA = Legislação de Acesso à Informação + Regulamentos CVM + RP Plenas.


MEDITERRÂNEA PROPAGANDA informa: LANÇADO - via amazon.com - o novo livro de Manoel Marcondes Machado Neto voltado à área da governança corporativa intitulado 'The business of transparency', obra na qual é proposto o mix de '4 Rs' de RP Plenas e descrita a teoria do autor que coloca a Comunicação como o terceiro pilar da tríade que pode, de fato, 'entregar' uma transparência - que denomina 'ativa' - aos 'stakeholders', em conjunto com os ditâmes da Contabilidade e do Direito, os quais, sozinhos, não mais são suficientes, pois não vão além da 'transparência passiva' atual – que não mais atende porque coloca no público a responsabilidade pela busca da informação.

MEDITERRÂNEA PROPAGANDA reports: RELEASED – via amazon.com – the new book by Manoel Marcondes Machado Neto directed to the area of corporate governance entitled 'The business of transparency', a work that proposes the 'Full PR' compound ('4 Rs') and describes the author's theory that puts the Communication as the third pillar of a triad that can, in fact, deliver transparency – named by him as 'active transparency' – before organizations' stakeholders in addition with the Accountancy and Law requirements, which, themselves, are no longer sufficient, only a ‘passive transparency’ – which does not meet currently because it puts on the public the responsibility for the pursuit of information. The '4 Rs' are: recognition, relationship, relevance and reputation.

LINK - https://goo.gl/Bs1Zn3
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domingo, 8 de maio de 2016

RB = RP - E eles, d'O Globo, fizeram de novo. Até quando?

Sim, a atividade de RP nasceu - nos Estados Unidos - de uma ideia brilhante - de Ivy Lee - que foi capturada imediatamente pela clientela mais abonada da época (estamos tratando da primeira década do século passado, há pouco mais de cem anos), os chamados 'robber barons' (barões ladrões), que, justamente por serem cidadãos de péssima reputação (e tal reputação advinha de más condutas), contratavam os pioneiros escritórios de RP para 'dourar a pílula' - sua imagem pessoal, de suas companhias e de suas famílias. Esta foi a transição da era 'o público que se dane' para o tempo de 'o público precisa ser informado' - que vivemos.

Duas guerras mundiais depois, depois da ONU, depois da Unesco, depois da tal da 'globalização', depois da OMC, 'robber barons' continuam por aí, mas a nossa atividade ganhou ética, ganhou legislação, ganhou substrato acadêmico-científico, e ganhou uma legião de admiradores do trabalho e dos estudos relacionados a RP. No Mundo e também no Brasil. Estamos em 2016 - há 110 anos do ato fundador da nossa profissão, e alguém chamar de relações públicas a atividade de suborno, de 'omertà', de 'compra da consciência de alguém', não pode mais ser classificado de desconhecimento. Ainda mais por um jornalista colega de bancos de faculdade (pelo menos até 2015 - dado que agora estamos separados pelo MEC). Isto pode, sim, ser chamado de má-fé.

É o que aconteceu hoje, n'O Globo, jornal editado por uma empresa que contou com um dos pais brasileiros da atividade em todos os tempos, Walter Poyares, autor de diversos livros ('Imagem Pública', 'Falo, logo sou' e 'O carisma da comunicação humana'), falecido em 2005, que assessorou a empresa por 50 anos.

Não é aceitável que uma empresa como a Andrade Gutierrez classifique 'obras' (sua razão de ser, de existir) como 'relações públicas'. Mesmo que doadas - porque isto pode perder-se no caso de ser mero suborno. E também não é aceitável que um jornalista não faça qualquer adendo esclarecedor, admitindo implícita e explicitamente que a prática de um crime possa ser classificada, 'normalmente', pelo criminoso, como de relações públicas.

Em minha opinião, cabe ao Conrerp1 (Região do Sistema Conferp-Conrerp em que fica a sede d'O Globo) oficiar a empresa jornalística com a argumentação - em defesa da profissão e de seus praticantes, registrados ou não - que, infelizmente, já tem pronta e farta, dirigida à mesma. O Globo presta mais uma vez este desserviço à opinião pública, malversando a área de formação e a profissão que escolhemos, que nos move e que nos honra.

Título da matéria: 'Relações Públicas'. Jornalista: Lauro Jardim. Página 2 - edição de 08/05/2016.
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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Em 9 de maio, será lançado meu novo livro ‘The business of transparency’.


No livro é descrita uma teoria que coloca a Comunicação como o terceiro pilar da tríade que pode, de fato, ‘entregar’ uma transparência ativa aos ‘stakeholders’, junto aos ditâmes da Contabilidade e do Direito, os quais, sozinhos, não vão além da atual ‘transparência passiva’ – que já não atende, porque coloca no público a responsabilidade pela procura da informação.

https://www.amazon.com/business-transparency-Recognition-Relationship-Reputation-ebook/dp/B01ESBSLC0?ie=UTF8&keywords=machado%20neto&qid=1462585451&ref_=sr_1_1&sr=8-1
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domingo, 1 de maio de 2016

Firmo Neto, presidente do Conrerp5 indaga, quanto ao Conselho: - Ninguém se filia porque não faz nada, ou faz nada porque ninguém se filia?

Eu respondo:

- Primeiro veio a atividade ('nascida' a 1914, no Brasil), depois a associação de seus praticantes (1954, com a ABRP), depois a lei 5.377 (1967), e - finalmente - o Sistema Conferp-Conrerp, inspirado e desenhado pela própria ABRP (em 1969).

Portanto, colegas, primeiro vem a escolha da formação (esta ninguém nos tira) e um bom desempenho profissional - para que reconheçam nossa atitude (em qualquer atividade que abracemos, desde estágios ruins até sermos trainees em grandes corporações, e sob qualquer denominação de cargo - assistente, auxiliar, analista etc.).

Tal conjunto de virtuosos (gente que trabalha sério e bem a ponto de serem perguntados... "no que mesmo você se formou?") é que 'recheiam' a(s) sua(s) entidade(s) representativas, inclusive o Conselho Profissional (... e nos menos de 30 casos em que uma ocupação é... profissão regulamentada).

E as virtudes é que são transmitidas diretamente à autarquia (nunca o contrário). Imaginemos um monte de picaretas criando uma entidade linda e rica (tipo CNI, CNA, CNT, CNC - nada contra tais entidades, são - aqui - só siglas exemplificadoras). De que adianta? Se a credibilidade é zero?

Prefiro fazer parte de uma digna cooperativa de catadores de lixo, com CNPJ limpo na praça. É como disse John Kennedy: - Não pergunte o que os Estados Unidos podem fazer por você, mas o que você pode fazer pelos Estados Unidos.

Nossa conduta profissional, no dia a dia, por uma vida inteira, é que empresta - junto a milhares de outras - vida e dignidade à nossa entidade reguladora. Ela precisa de nós e existe, não para defender nossos interesses, mas sim para defender a cidadania de maus profissionais de nossa área - como acontece com os demais Conselhos Profissionais. E deve ser mantida por nós - como prevê a lei - e não pelo Estado.

Quando fui sondado para participar pela primeira vez do Conrerp1, perguntei à minha esposa, que é médica, "... por que razão (e como via) a existência do CRM?". Ela respondeu-me, simplesmente, "... ora, o CRM tem que estar lá e por isso mantenho-o desde que me formei - se houver um processo contra mim, é lá que as coisas têm que ser julgadas, junto aos meus pares".
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quarta-feira, 27 de abril de 2016

PRÉ-RELEASE: The business of transparency.


O novo livro de Manoel Marcondes Machado Neto explica ao mundo as Relações Públicas do Brasil, para muito além de 'media relations'.

LINK - http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,833140,Professor_Marcondes_Neto_lanca_novo_livro_The_Business_of_Transparency_,833140,1.htm
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quarta-feira, 13 de abril de 2016

Estrangeiro...




No jornal do bairro de Raval, em Barcelona, a mão anônima escreveu:

- Teu deus é judeu, tua música é negra, teu carro é japonês, tua pizza é italiana, teu gás é argelino, teu café é brasileiro, tua democracia é grega, teus números são árabes, tuas letras são latinas. Eu sou teu vizinho. E tu dizes que sou estrangeiro?

Eduardo Galeano, morto em 13/04/2015.
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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Recordar é viver.


A 'memória' do Facebook faz-me, hoje, lembrar do lançamento - há 4 anos - de meu primeiro livro sobre o tema 'transparência nos negócios' - o 'pocket book' intitulado 'A transparência é a alma do negócio'. O livro está esgotado desde 2014. Mas entrará 'no ar' - em sua versão 'e-book' - numa parceria (que aqui, agora, anuncio em primeira-mão) da Conceito Editorial com a FGV Editora.

Em 2013, com a criação do Observatório da Comunicação Institucional - OCI, ideia muito bem trazida pelo colega errepê Marcelo Ficher - e com a cumplicidade das amigas Lúcia Duarte e Pollyana Escalante -, estavam dadas as condições para um 'locus' de análise e reflexão crítica de questões que, em última instância, são alicerces da tão prometida (tanto quanto pouco entregue) 'transparência'.

Em 2015, o O.C.I. lançou a campanha "RP: profissional da transparência", e concluída a análise da pesquisa de campo junto a 100 executivos entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, pude lançar - pela Ciência Moderna Livraria e Editora, a versão integral do livro que apresentara ao Brasil uma outra forma de ver as RRPP: o 'mix' dos 4 Rs das Relações Públicas Plenas.

Agora, em 2016, 'Ano O.C.I. para a transparência ativa' é chegada a oportunidade de levar ao mundo, 'exportar' a visão particular brasileira de 'plenas' Relações Públicas. Sim, porque só no Brasil se forma errepês '360 graus' compromissados com a comunicação nas organizações. Isto se dará pela publicação, ainda em abril, da versão em inglês do meu livro (Editor A), paralela ao site 'www.fullPR.net'.
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quinta-feira, 31 de março de 2016

A 'primavera' brasileira.


Podbre Brasil - cravou, certa vez, Decio Pignatari - está sendo visto pela imprensa mundial (e seus telespectadores/leitores/internautas boquiabertos) como uma republiqueta dessas em que as pessoas se matam nas ruas (já-já teremos cadáveres). Na companhia 'imaginária' de Líbia, Egito, Síria, Iêmen, Tunísia etc. Ora, se até o berço da civilização que é a Grécia se afunda numa guerra fratricida, por que não nós, tupiniquins, metidos a oitava maravilha econômica?

O palácio do Planalto reduzido a patético palanque-blindado de uma (des)governanta que comprou os votos - literalmente, com dinheiro na mão, nada daquilo de dentaduras e óculos, do passado - que tiraram a vitória da maioria esmagadora da população que em outubro de 2014 já se declarava farto do seu PT 'new fashion' (que rouba e deixa roubar como nunca antes neste país). A 'casa caiu' faz tempo - nossa justiça é que muito demorada - e o crime, continuado: http://marcondes-at-blog.blogspot.com.br/2015/09/providencie-lencos-de-papel-para-o.html

A pantomima (para usar a palavra-defesa do 'parceiro' Collor) que o governo e seus ruidosos puxa-sacos (todos muito bem pagos) encena todos os recentes dias têm a mesma cara - e propósito - das encenações de Bashar Al Assad, de Al SiSi, de King Jon Un. No 'bunker', a vítima brandindo palavras de ordem para a claque amestrada urrar 'não vai ter golpe' - quando o que se urde no balcão da República é justamente um golpe 'popular', sob Lula - ali babá líder de mais de 400 ladrões.

Lástima!
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quarta-feira, 23 de março de 2016

RP: onde, e com quem, a comunicação integrada - de fato - acontece.

A conversa com Ariane Feijó, da TodoMundoPrecisaDeUmRP, foi ótima! 

E o making of da entrevista será publicado no lançamento da versão em inglês do livro '4Rs das Relações Públicas Plenas'.

Aguarde.

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sexta-feira, 18 de março de 2016

Desabafo numa semana daquelas...

É pena. As aparências enganam. Com a fala irresponsável da presidente e do ex-presidente, ela na Bahia, ele em São Paulo, hoje, o vaticínio, o temor de Roberto Saturnino Braga (entrevistado por Geneton Moraes Neto), de guerra - isto mesmo - de guerra, se avizinha.

O tamanho das manchas acima demonstram, no total, apenas 3% da população. No máximo. De indignados com a política, e de aficcionados a Lula - e que esperam, como os súditos Wagner e Rousseff, que com ele na Casa Civil, milagres se operem...

Milagres não virão. O 'nós' contra 'eles' está instalado. No campo, na periferia, na Paulista, na Praça XV, na Savassi, no bairro Moinho de Ventos, na USP, no Tuca, na Esplanada dos Ministérios. O discurso vil, tosco, e emburrecedor, pede o nosso sangue de 'coxinhas'.

A nação é ignorante. Não há como negar. Tem sido deixada assim desde sempre. Seus sonhos mais recentes - satisfeitos - foram saciados apenas na esfera do consumo. Cidadania? Transparência? Responsabilidade fiscal? Metas? Tudo bobagem de diplomados...

O Brasil é, sim, dos corinthianos, dos lutadores e apreciadores de MMA, dos participantes e dos assistentes do BBB, dos que amam Lula e amam a TV Globo aberta, por mais dicotômico que isto pareça. O povo - que no mote - não é bobo, venera a Rede Globo.

Juízes - de futebol, de primeira instância, e do Supremo Tribunal Federal - são odiados. São aqueles homens de preto que 'insatisfazem' as nossas demandas. Batem o martelo e... 'lá se foi o meu salário para a pensão...', 'lá se foi a minha vaga no concurso...'.

Não será o retilíneo discurso de Celso de Mello que amainará os ânimos, trazendo luz republicana às mentes... Elas estarão inflamadas de ódio contra 'as elites', gente que, como eu, não tem um histórico de desventuras para contar. Minha 'narrativa', infelizmente, é feliz...

Então, concluo que, na absoluta minoria que acreditou que a nação pudesse civilizar-se, faço parte, hoje, dos 'excluídos'. O Brasil não me quer. O Brasil 'profundo' quer Lula e sua guerreira destrambelhada. Seguiremos a Argentina, que em 1916 era 5o. país do mundo...

E não o era em economia, mas em nível de vida. Já estamos em plano inclinado à ré - pela escolha dos brasileiros. De sétima economia do planeta retrocederemos a 70a. - mais justo, aliás, em relação aos índices sociais que ostentamos. Quem viver, verá.
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sábado, 5 de março de 2016

04/03/2016. Um dia para o Brasil não se alegrar.


A História - com 'h' maiúsculo - se faz da sucessão inexorável de horas, dias, meses e anos. Estamos acostumados a pontuais efemérides - que como a palavra já explica, são fortuitos, efêmeros, passantes. Comemoramos o nosso aniversário, o da nossa querida cidade-natal, o santo de devoção e o dia da independência colocando num dia, xx/xx/xx, o peso do que na verdade é processo. Contínuo, implacável, eterno. Só Deus o conhece.

No dia de ontem não senti alegria, satisfação ou gana. Senti tristeza. Como nas notícias diárias de telejornal que mostram nações e povos em conflito interno, lutando, senti-me no Egito de Mubarak, na Líbia de Khadafi, na Alemanha de Koln. Ou seja, dividido. Como os americanos de hoje, meio-Trump, meio-Hillary. 50% dos meus compatriotas consideram Lula o máximo da raça brasileira. Outros 50% o consideram um pelego farsante, ególatra e vagabundo. Só Deus o sabe.

Foi triste porque antevejo horas, dias, meses e anos duros. E mais duros ainda porque Lula - que ao tomar posse recebeu a faixa com um sorriso sincero de FHC (ele também 'fundador' do movimento que criou o PT, em 1980) - podia ficar na História só como o governante que, tendo muita sorte numa conjuntura internacional favorável e longa, tirou 30 milhões da pobreza extrema, deixou o país crescer e fez explodir a autoestima do ex-povo 'vira-lata'.

Mas, lambuzando-se nas mordomias que tanto criticara (usando o termo colocado pelo verdadeiro - e melhor - candidato do PT a sucedê-lo na presidência, se não fosse atropelado pelo poste imposto a canetada pelo prórpio Lula), na bajulação, na prevaricação, nas negociatas que seu correligionário Chico Buarque cantara - criticando - em prosa e verso e 'fazendo as mesmas coisas que todos os partidos sempre fizeram', Lula tornou-se farrapo da peça luxuosa que já foi. E jaz. Triste!
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sábado, 23 de janeiro de 2016

O governo está tentando uma anistia de corrupção

Esta entrevista - publicada neste sábado, 23/01/2016, n'O Globo - somada à entrevista dada por Deltan Dall'Agnol a Ricardo Boechat, na Band News FM, que ouvi hoje, em reprise - dá conta da catástrofe que se abateu sobre a política "profissional" do Brasil.

Ler e ouvir estes procuradores chega a doer. Mas também dá esperança.

Às entrevistas:

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Carlos Fernando dos Santos Lima:

LINK - http://extra.globo.com/noticias/brasil/procurador-da-lava-jato-governo-esta-tentando-uma-anistia-de-corrupcao-18529270.html

Resultado de imagem para deltan dall'agnol

Deltan Dall'Agnol:

LINK - https://www.youtube.com/watch?v=OdHsFRQi2mA
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domingo, 17 de janeiro de 2016

Trivial (?) variado de um fim de semana...

O noticiário sai às ruas, religiosamente, todos os dias. Pelo ar - em rádio e televisão -, nas bancas de jornais e revistas, e na internet.

Este escriba adverte: uma leitura detida e um 'clipping' abrangente podem fazer (muito) mal à saúde.

Aos meus destaques do sábado, 16 de janeiro de 2016, na edição impressa do jornal O Globo, que assino:

(1)


A primeira parada não poderia deixar de ser a propaganda - em página inteira (não foi possível reproduzi-la aqui) - do Museu do Amanhã, assinada pela prefeitura do Rio de Janeiro, pela Fundação Roberto Marinho e pelo Santander - este, qualificado patrocinador máster (sic). A chamada explica o porquê do novo espaço (sim, espaço... e vazio, sem acervo - talvez só o da Globo News) cultural da cidade chegou à marca de 100.000 em 17 dias de vida:

'Diferentes personalidades, uma a cada semana, todas emprestando suas opiniões sobre como o Museu pode ajudar na construção do Amanhã'.

Quer dizer; enquanto (anteontem) o Jardim Zoológico - um patrimônio carioca desde 1888 - era interditado pelo IBAMA sem data prevista para reabertura, o novo espaço goza de generosa campanha publicitária, não só no principal veículo de comunicação do Grupo Globo, mas também em suas emissoras abertas e fechadas de televisão, além das de rádio - AM e FM. Uma verdadeira ode ao poder da comunicação de massa no país de marco regulatório aposentado, pois que datado de 1962...

Um must!    

Ver também, a respeito:

LINK (da mesma matéria no Extra) - http://extra.globo.com/noticias/rio/deu-zebra-promotora-quer-indiciamento-de-secretario-dirigentes-da-rio-zoo-18487358.html

(2)


Reportagem da série 'escândalos em série' revela que Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, preso no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, fez 'contatos com 93 agentes públicos - ministros, senadores, deputados, prefeitos e governadores de 15 partidos: PT, PMDB, PSDB, PP, PSD, PR, PRB, DEM, SD, PTB, PROS, PSB, PDT, PC do B e PV'.

Imaginemos a rede de lobbying só desta empreiteira, movimentada para dar curso às negociações que o próprio líder da empresa tocava, no Brasil inteiro. Um verdadeiro batalhão de intermediários, pau-mandados, 'aspones', 'portadores', ajudantes-de-ordens - de norte a sul do país (e no exterior) - para operar todo tipo de "operação" necessária a fazer fluir dinheiro escuso para partidos e políticos 'profissionais' - nas obras de estradas no continente africano, usinas hidrelétricas na Amazônia, redes de transmissão de energia no nordeste, ferrovias no centro-oeste, trens e metrôs da região sudeste, portos e aeroportos no sul do país. Com base na pesquisa 'Leitura Informal do Discurso Institucional dos Partidos Políticos Brasileiros', realizada pelo Observatório da Comunicação Institucional em 2014, pode-se concluir que nem uma das nossas 32 (de então; hoje já são 35) deixa de beneficiar-se do mesmo 'esquema'. Mudam os atores, mas a ópera é a mesma.

Claro está que trata-se de um modus operandi construído ao longo de muitos anos - incluindo aí o período da ditadura civil-militar. Como um câncer em franca metástase, o esquema não teve qualquer limite para sua expansão, condenando o Brasil - em conjunto com todas as outras empreiteiras (usuárias das mesmas nefastas) - ao primeiro lugar indiscutível da corrupção mundial.

LINK - http://oglobo.globo.com/brasil/mensagens-mostram-pautas-de-interesse-da-oas-com-lula-18487437

Na Veja desta semana, o senador (pelo PDT) Cristovam Buarque bem resume: 'Os partidos perderam o prazo de validade. Era preciso acabar com todos os partidos que estão aí, declarar uma moratória partidária de seis meses e criar novos partidos com outros quadros, que prezem a ética e a ideologia partidária. Tanto o PT quanto o PSDB representam um modelo fracassado de país'.

(3)  


Já objeto deste escriba, a 'operação' que resultou na construção das torres (batizadas sugestivamente de 'Centro Empresarial Senado'), da construtora WTorre, é outro rol de ilegalidades e tráfico de influência. 

Construídas onde - com aquele porte -  nunca poderiam ter sido, na rua Henrique Valadares número 28 - e a vizinhança (com rachaduras no solo e paredes) bem pode explicar porque - destinavam à Petrobras (aliás, todo mundo se refere aos prédios como 'da Petrobras') um dos maiores contratos de locação do país. 

É isso mesmo que você leu: ganhou-se dinheiro oficial - barato - emprestado para construir um prédio que se destina a ser alugado - caro - ao Governo, com todas as garantias contra inadimplência e eventual prejuízo mesmo em função de oscilações - para baixo - do mercado de locação. 

Ora, por que não construir mais um escritório próprio para a companhia? Sairia pelo menos ao mesmo custo. Ah... não... afinal... estávamos em plena euforia de petróleo a 100 dólares o barril (hoje o mesmo barril está cotado a menos de 30 dólares)... E seria um ativo, não uma fonte de custos. 

Hoje, aliás, está na justiça um 'reajuste' do milionário aluguel (no contrato há também uma cláusula que proíbe que seja descontado do aluguel qualquer multa relativa a atrasos na conclusão de obras... que, aliás, atrasaram)... 

O que a matéria não conta - curiosamente - é que há as digitais do arrecadador de campanha de Dilma Rousseff, Antonio Palocci, em 2010, no negócio. À época, o ex-ministro embolsou cerca de 20 milhões de reais de 'consultoria' à WTorre que, está lá, segundo a delação premiada de Nestor Cerveró '... o então presidente Lula teria pressionado para que a empresa Walter Torre fosse escolhida para construir e alugar o prédio que abrigaria funcionários da estatal no Rio, em 2008'.

(4)


Público... mas de uso exclusivo. Auditoria revela que Hospital Rocha Faria tem ambulatório só para servidores - e seus parentes - da Unidade. Imagem: Alexandre Cassiano (O Globo).

LINK - http://oglobo.globo.com/rio/rocha-faria-tem-ambulatorio-so-para-servidores-da-unidade-18487936

(5) 


Dengue bate recorde em 2015, que teve 1,6 milhão de casos. Ministro (aquele que 'torce' para que as mulheres sejam infectadas pelo vírus antes de engravidar) promete vacina contra zika, mas Butantan frisa que produção não começa antes de três anos.

LINK (da mesma matéria no G1) - http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/01/pais-teve-16-milhao-de-casos-de-dengue-em-2015.html

(6) 
E o enigma do mercado editorial brasileiro se mostra um pouquinho neste texto de Luís Antonio Torelli (presidente da Câmara Brasileira do Livro), publicado na página de Opinião d'O Globo (P. 17).

É o que este escriba já sinalizou, no passado: se não houver mais 'compras governamentais' de livros didáticos no país (da União, de estados e de municípios), algo na casa (por livre estimativa - pois não há transparência de dados) dos 200 milhões de exemplares/ano, 90% dos livros publicados por selos 'charmosos', segmentados, cult, (quase todos afiliados a/controlados pelos grandes grupos editoriais presentes 'na fita' dos livros didáticos) que pululam nas abarrotadas mega stores simplesnente deixarão de existir.

Fazendo uso do jus sperniandis, o chefe da indústria - no momento - faz seu manifesto 'intitulado ao contrário' da tese. Tem estilo, il capo.

LINK - http://oglobo.globo.com/opiniao/prioridade-para-livro-18485947

(7)


BRASIL: plano inclinado à ré.

Desemprego no país sobe a 9% - o maior da pesquisa. Analistas preveem taxa média de 10,5% no ano.

Uma lástima!

Há cem anos, a Argentina era o quinto país do mundo. Não em PIB, mas em indicadores de civilização. Visite-se o país hermano hoje. E o visitante constatará que é possível, sim, 'andar para trás'. 

Preparemo-nos, já estamos no segundo ano à ré. E acelerando. Não à toa a revista The Economist publicou no final de 2015 a seguinte manchete: 'O Brasil está no fundo do poço. E cavando'.

LINK (para o mesmo tema, publicado pelo jornal gaúcho Zero Hora) - http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/01/mais-de-2-5-milhoes-entram-na-fila-do-desemprego-e-crise-empurra-trabalhadores-para-informalidade-4952586.html

(8)


Quem quer ser refugiado na Suíça?

'De acordo com a porta-voz, o governo suíço oferece mensalmente 1.500 francos (R$ 6.045) a cada refugiado para ajudá-los com seus gastos, mas os custos verdadeiros são, em diversos casos, muito superiores a este valor...'. (P. 26). Não foi possível obter 'link' para esta matéria.

(9) 


Dilema editorial.

Debate sobre a publicação de 'Minha luta', de Adolf Hitler, em domínio público desde primeiro de janeiro deste ano, chega ao Brasil com duas novas edições, só uma delas comentada.

Quanto ao relançamento da obra, estou de acordo com a posição expressada pelo Prof. Francisco Carlos Teixeira da Silva, hoje professor visitante na Universidade Livre de Berlim, na matéria d'O Globo (P. 1 - Segundo Caderno):

— Trata-se de um livro de propaganda nazista, sem valor filosófico, histórico nem biográfico, já que Hitler mentiu ali. A única forma pedagógica de expor o nazismo é pelos seus resultados, não pelas suas promessas. E o livro são as suas promessas — diz o historiador. — O livro foi utilizado como um manual de doutrinação e voltará a ser. Estamos num momento de ódio ao outro na sociedade, de ódio ao diferente. É só ver o parlamento brasileiro. A publicação dessa obra vai favorecer enormemente a expansão da ideologia nazista e a reorganização desses grupos no mundo.

LINK - http://oglobo.globo.com/cultura/livros/debate-sobre-publicacao-de-minha-luta-de-adolf-hitler-chega-ao-brasil-18482674 

(10) 


Fim de férias. Por Marcio Tavares D'Amaral.

O - ótimo - texto deste meu professor (no mestrado da ECO/UFRJ) é o único edificante entre 10 aqui listados. E faz uma interessante reflexão sobre ócio, negócio, e o duro trabalho - mental - da Filosofia.

LINK - http://oglobo.globo.com/cultura/fim-de-ferias-18485771
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